Assassin’s Creed Shadows é o mais novo game da lendária franquia da Ubisoft, esta obra gerou algumas polêmicas em seus anúncios, especialmente envolvendo a cultura japonesa. A série de games conta 13 jogos de sua linha principal e o décimo quarto é nosso título em pauta.
• Assassin’s Creed (2007)
• Assassin’s Creed II (2009)
• Assassin’s Creed: Brotherhood (2010)
• Assassin’s Creed: Revelations (2011)
• Assassin’s Creed III (2012)
• Assassin’s Creed IV: Black Flag (2013)
• Assassin’s Creed Rogue (2014)
• Assassin’s Creed Unity (2014)
• Assassin’s Creed Syndicate (2015)
• Assassin’s Creed Origins (2017)
• Assassin’s Creed Odyssey (2018)
• Assassin’s Creed Valhalla (2020)
• Assassin’s Creed Mirage (2023)
Com uma interessante abordagem cultural, dois personagens jogáveis com estilos diferentes de gameplay, muita violência e diálogos um pouco cansativos, Shadows promete surpreender a muitos trazendo um leve toque de jogos de samurai ao clã dos assassinos.
Assassin’s Creed Shadows enfrentou uma intensa polêmica após o anúncio de Yasuke, um samurai africano baseado em uma figura histórica real, como um dos protagonistas. Críticos argumentaram que sua inclusão seria “anacrônica” e uma tentativa de forçar diversidade em um contexto histórico específico — o Japão feudal do século XVI.
Parte da comunidade de fãs e figuras públicas questionou a decisão da Ubisoft, alegando que a presença de um personagem não japonês como protagonista desrespeitaria a cultura local e priorizaria uma “agenda woke”. A discussão gerou debates acirrados sobre representação histórica em jogos, com alguns defendendo que um protagonista nativo, como a shinobi Naoe (já presente no jogo), seria mais adequado para explorar o período Sengoku.
Por outro lado, defensores da escolha lembraram que Yasuke é uma figura documentada, um guerreiro africano que realmente serviu ao clã de Oda Nobunaga, e que sua inclusão reflete a complexidade histórica de um Japão já influenciado por contatos com estrangeiros. A Ubisoft reforçou que a dualidade entre Yasuke e Naoe busca explorar perspectivas distintas sobre honra, identidade e colonialismo. A polêmica, no entanto, extrapolou o debate saudável, com ataques racistas e ameaças a desenvolvedores nas redes sociais. O caso destacou os desafios de equilibrar precisão histórica, criatividade narrativa e demandas por representatividade em obras de ficção baseadas em contextos reais.

História
Assassin’s Creed Shadows se passa no Japão feudal, durante o conturbado período Sengoku (século XVI), uma era marcada por guerras entre clãs, ambições de poderosos senhores feudais e a chegada de influências estrangeiras. O jogo acompanha a jornada de dois protagonistas com origens radicalmente diferentes: Naoe, uma shinobi habilidosa e filha de um mestre das sombras, e Yasuke, um samurai estrangeiro baseado na figura histórica real de mesmo nome, conhecido por ter servido ao lendário Oda Nobunaga.
Naoe busca vingança após a destruição de seu clã, juntando-se aos Ocultos (a irmandade dos Assassinos no Japão) para combater a opressão da Ordem dos Antigos, predecessores dos Templários. Yasuke, por sua vez, luta para encontrar seu lugar em uma sociedade que o vê como um estrangeiro, equilibrando sua lealdade a Nobunaga com a crescente consciência das manipulações da Ordem, que busca controlar o país através de artefatos ancestrais ligados aos Isu, a civilização pré-histórica do universo da franquia.
O enredo explora a dualidade cultural entre as tradições ninja e samurai, com Naoe agindo nas sombras, usando táticas de infiltração e sabotagem, enquanto Yasuke enfrenta inimigos em combates frontais, refletindo o código de honra samurai. A relação entre os dois oscila entre aliança e conflito, enquanto tentam impedir que a Ordem dos Antigos explore artefatos Isu para dominar o Japão. A narrativa também aborda temas como identidade, colonialismo e liberdade, conectando-se a eventos históricos reais, como a ascensão e queda de figuras como Oda Nobunaga e a chegada de missionários europeus.
Gameplay
Na análise em pauta, temos, de modo geral, dois personagens jogáveis que trazem duas jogabilidade consideravelmente diferentes.
Naoe representa a essência da experiência tradicional de Assassin’s Creed, com movimentos fluidos e ágeis que a permitem escalar praticamente qualquer superfície no cenário japonês detalhadamente reconstruído. Seu estilo de jogo prioriza a furtividade e a precisão, com um arsenal especializado de ferramentas ninja como bombas de fumaça, cordas com ganchos, e kunais que podem ser usados tanto para distração quanto para eliminações silenciosas. Sua capacidade de se misturar às multidões e de acessar locais estreitos e elevados torna-a ideal para missões de espionagem e assassinatos discretos.
Em contraste, Yasuke oferece uma experiência de combate mais frontal e imponente. Seu porte físico impressionante e treinamento samurai permitem que ele enfrente diretamente grupos de inimigos com uma variedade de armas tradicionais japonesas. O sistema de combate ao controlá-lo incorpora elementos de postura e timing, exigindo que os jogadores estudem os movimentos adversários para executar contra-ataques devastadores. Sua presença intimidadora pode até mesmo dispersar guardas de menor patente sem necessidade de conflito, abrindo rotas alternativas através da intimidação em vez da furtividade.
O sistema de combate em Shadows foi meticulosamente refinado para refletir as diferentes tradições marciais do Japão feudal. Quando em confrontos, os jogadores podem alternar entre várias posturas de luta que afetam o alcance, velocidade e poder dos golpes. Os duelos contra oponentes significativos são tratados como eventos cinematográficos, com câmeras dinâmicas que destacam a tensão destes encontros mortais, reminiscentes das cenas clássicas de filmes de samurai.
O arsenal disponível expande-se muito além das lâminas ocultas icônicas da franquia. Katanas, wakizashis, naginatas e outras armas tradicionais japonesas foram recriadas com atenção meticulosa aos detalhes históricos e mecânicas de uso distintas. As armaduras seguem o mesmo princípio, oferecendo diferentes níveis de proteção e mobilidade que afetam diretamente o estilo de jogo, forçando escolhas estratégicas entre furtividade e resistência a danos.
Audiovisual
A belas cutscenes dão um belo ar artístico ao game, mas Shadows não impressiona e não traz nada relacionado a nova geração de consoles. Apesar de gráficos agradáveis, o game fica atras de títulos antigos como Assassin’s Creed Odyssey e Black Flag. Os gráficos simples, trazem um sensação de falta de polimento e capricho, não visando uma parte como um todo da obra, mas visando apenas o foco em máximo em seu enredo histórico.
Os áudios são fascinantes e detalhistas, trazendo imersão em combates e em navegação pelo mapa. A obra busca dar um ar de realidade auditiva, trazendo detalhes interessantes, o que auxiliam muito na gameplay.
Conclusão
O décimo quarto game da linha principal de Assassin’s Creed Surpreende. Isso devido a todo patamar trágico de fracasso gerado previamente devido a inúmeras questões na Ubisoft.
A obra mescla estilos diferentes de gameplay com um história interessante, muitos detalhes históricos e boa interação entre player e personagens. Tudo isso faz com que a obra em pauta, saia de uma completa tragédia e vá para o patamar de um game surpreendente.