sex, 21 junho 2024

Crítica | Aumenta que É Rock ‘n Roll

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Na década de 1980, Luiz Antônio é um atrapalhado radialista que inesperadamente se vê no comando de uma estação de rádio falida e caindo aos pedaços. Movido pela sua paixão pelo rock e ajudado por uma equipe meio desajustada, ele cria uma das rádios mais emblemáticas da história do rock brasileiro, a Fluminense FM, conhecida popularmente como “A Maldita”. Essa é a trama da cinebiografia: Aumenta que É Rock ‘n Roll.

O diretor Tomas Portella (Ensaio Sobre a Cegueira) constrói uma energética, sagaz e envolvente história baseada em fatos reais. O modo como Portella desenvolve a história dá tempo para que o espectador compreenda a época na qual a história se passa e principalmente conheça os personagens da trama. Personagens esses que são repletos de conflitos, dores e amores. A química do elenco é fantástica e todos sem exceção, mesmo com participações pequenas, agregam e encantam quando estão em cena. A encantadora e maravilhosa Marina Provenzzano (Pé na Cova), Orã Figueiredo (Júpiter), George Sauma (Tim Maia), João Silva (Impuros), Flora Diegues (O Grande Circo Místico) e Bella Camero (Lov3) são alguns dos excelentes atores vistos nesta produção. Porém é inegável, que o filme é de Johnny Massaro (O Filme da Minha Vida). O ator interpreta de modo magistral o jornalista Luiz Antonio Mello e conquista o público com sua paixão pela música. Mello foi o fundador da primeira rádio brasileira dedicada ao rock e lançou gigantes como Blitz, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e outras bandas.

O roteiro de L.G. Bayão (Motorrad) é simples e objetivo: contar a história do surgimento da rádio e as dificuldades enfrentadas por Mello e sua equipe durantes os anos 80. Essa objetividade torna a trama dinâmica, afinal de contas o filme não quer encher linguiça com firulas filosóficas e muito menos com outros assuntos. Se existe um problema é no último terço do filme, que encerra as coisas de modo rápido demais. O que pode frustrar, pois são tantas histórias deixadas de lado em prol da história central, que o gosto de quero mais fica ao fim da sessão.

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A trilha sonora é um ingrediente a mais nesta história. As canções executadas cena após cena encantam e dão autenticidade ao que vemos. Os locais da época, cenários e figurinos vistos são perfeitos e o design de produção por mais simples que possa parecer merece ser destacado. Tudo relacionado a década de 80 é reproduzido com perfeição. A fotografia é outro destaque e torna o Rio de Janeiro mais um personagem desta apaixonante história.

Aumenta que É Rock ‘n Roll é uma pérola do cinema nacional e um dos melhores filmes do primeiro semestre. Um produção nostálgica, divertida e muito tocante. Viva ao Rock nacional! Viva ao cinema nacional!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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