ter, 4 fevereiro 2025

Crítica | Babygirl

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Em Babygirl, uma empresária bem-sucedida coloca sua família e carreira em risco em nome de um caso com seu estagiário bem mais jovem. No thriller erótico de Halina Reijn, Romy (Nicole Kidman) é uma executiva que conquistou seu posto como CEO com muita dedicação. O mesmo se aplica a sua família e o casamento com Jacob (Antonio Banderas). Tudo o que construiu é posto à prova quando ela embarca em um caso tórrido e proibido com seu estagiário Samuel (Harris Dickinson), que é muito mais jovem. A partir daí ela anda corda bamba de suas responsabilidades e, também, nas dinâmicas de poder que envolvem suas relações.

Estrelado por Nicole Kidman (Big Little Lies), Antonio Banderas (Gato de Botas 2) e Harris Dickinson (Triângulo da Tristeza), o filme mostra dois clímax em sua narrativa (um na sua abertura e outro em seu encerramento) que servem para definir a trajetória da personagem central da trama. A direção aplica uma estética elegante e sóbria, que serve para mostrar como monótona é a vida da protagonista e com o tempo vai inserindo elementod que vão dinamizando e aumentando a tensão da história. Esses detalhes criam subtramas paralelas que surgem e são abandonados, mas deixam no espectador a sensação de que a qualquer momento, tais situações vão voltar a tona, o que nunca acontece. O foco da história é 100% na protagonista vivida por Kidman. o que funciona e agrada.

Nicole Kidman brilha em sua interpretação! A atriz se entrega de modo intenso a uma personagem que luta para conciliar seu trabalho com seus desejos e ela merece MUITO uma indicação ao Oscar 2025 pelo seu marcante desempenho. Dickinson e Banderas entregam ótimas atuações, mas elas comparadas a de Kidman são muito mais sutis.

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O roteiro, também assinado por Reijn, explora sua trama de modo relevante e ganha pontos por não querer moralizar a situação que vemos, mostrando que algo positivo pode surgir de situações embaraçosas. No entanto, o filme peca em momentos por sua previsibilidade. Apesar da premissa instigante, alguns desdobramentos da trama seguem caminhos esperados, o que pode diminuir o impacto emocional em determinados pontos. A relação entre Romy e Samuel começa de um modo e inverte com o tempo a sua dinâmica, mostrando o quão rapidamente as pessoas perdem o controle/poder quando estão vulneráveis. 

Babygirl é cativante e como toda desventura amorosa possui altos e baixos. Porém a atuação de Nicole Kidman é tão magnética que acaba superando todos os problemas narrativos que o filme possui e deixa um gostinho de quero mais. 

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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