sex, 3 janeiro 2025

Crítica | Babygirl

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Em Babygirl, uma empresária bem-sucedida coloca sua família e carreira em risco em nome de um caso com seu estagiário bem mais jovem. No thriller erótico de Halina Reijn, Romy (Nicole Kidman) é uma executiva que conquistou seu posto como CEO com muita dedicação. O mesmo se aplica a sua família e o casamento com Jacob (Antonio Banderas). Tudo o que construiu é posto à prova quando ela embarca em um caso tórrido e proibido com seu estagiário Samuel (Harris Dickinson), que é muito mais jovem. A partir daí ela anda corda bamba de suas responsabilidades e, também, nas dinâmicas de poder que envolvem suas relações.

O novo filme da diretora Halina Reijn (Morte, Morte, Morte) é um suave thriller erótico que apresenta uma narrativa interessante sobre desejo, poder e ambição. Estrelado por Nicole Kidman (Big Little Lies), Antonio Banderas (Gato de Botas 2) e Harris Dickinson (Triângulo da Tristeza), o filme mostra dois clímax em sua narrativa (um na sua abertura e outro em seu encerramento) que servem para definir a trajetória da personagem central da trama. A direção aplica uma estética elegante e sóbria, que serve para mostrar como monótona é a vida da protagonista e com o tempo vai inserindo elementod que vão dinamizando e aumentando a tensão da história. Esses detalhes criam subtramas paralelas que surgem e são abandonados, mas deixam no espectador a sensação de que a qualquer momento, tais situações vão voltar a tona, o que nunca acontece. O foco da história é 100% na protagonista vivida por Kidman. o que funciona e agrada.

Nicole Kidman brilha em sua interpretação! A atriz se entrega de modo intenso a uma personagem que luta para conciliar seu trabalho com seus desejos e ela merece MUITO uma indicação ao Oscar 2025 pelo seu marcante desempenho. Dickinson e Banderas entregam ótimas atuações, mas elas comparadas a de Kidman são muito mais sutis.

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O roteiro, também assinado por Reijn, explora sua trama de modo relevante e ganha pontos por não querer moralizar a situação que vemos, mostrando que algo positivo pode surgir de situações embaraçosas. No entanto, o filme peca em momentos por sua previsibilidade. Apesar da premissa instigante, alguns desdobramentos da trama seguem caminhos esperados, o que pode diminuir o impacto emocional em determinados pontos. Por fim, a abordagem sobre a relação entre Romy e Samuel é outro ponto de destaque. A relação começa de um modo e inverte com o tempo a sua dinâmica, mostrando o quão rapidamente as pessoas perdem o controle/poder quando estão vulneráveis.

Babygirl é um thriller erótico cativante que possui algumas falhas, como toda desventura. Mas a performance de Nicole Kidman acaba sendo tão memorável e impactante que a abordagem apresentada para a trama deixa um gosto de quero mais, ao fim da sessão.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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