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Início Críticas Crítica | Bala Perdida (Netflix, 2020)

    Crítica | Bala Perdida (Netflix, 2020)

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    A Netflix é o maior serviço de streaming da atualidade, isso não é dúvida para ninguém. Mas ela ainda consegue nos surpreender ao trazer obras de outros países para o seu catálogo global. A surpresa (positiva) é Bala Perdida (Balle Perdue) produção francesa de ação que conta a história de um mecânico acusado de assassinato que precisa encontrar o carro que contém a única prova de sua inocência: a bala do crime. Simples, objetivo e sem muita firula Bala Perdida é o novo sucesso da Netflix.

    Como dito anteriormente, Bala Perdida é simples e bastante objetivo em sua narrativa. O filme inicia nos apresentando o protagonista do filme que quer roubar uma joalheria usando um carro fortificado para (atravessar a loja) lógico que o plano dá errado e o ladrão estúpido é preso. Porém o mesmo é recrutado pelo chefe da polícia, para agora usar o seu talento para o bem e ajudar a polícia a fortificar as viaturas locais no combate ao narcotráfico. Tudo ocorre de modo crível e sem muitas invenções, que se houvessem poderiam estragar o filme. O diretor/roteirista estreante Guillaume Pierret tem noção de suas limitações e faz um bom filme de ação, que acerta nas execuções das cenas de perseguição e na violência das cenas de luta/tiroteio. Destaque para a cena dentro da delegacia que é incrivelmente bem coreografada e filmada.

    O roteiro de Pierret lembra muito O ROTEIRO de diversos filmes sobre bandidos com bom coração do cinema, como Ritmo de Fuga e os primeiros filmes da franquia Velozes & Furiosos. O defeito, além do elenco que é limitado em termos de interpretação, os atores aqui só tem duas expressões: “estou com dor” e “estou com raiva”. São os mais diversos clichês que o filme “pega emprestado” dos filmes citados como: os limites morais do protagonista, a paixão por carros e as cenas de perseguição. Na verdade as cenas de perseguição são mais realistas do que qualquer uma já vista na franquia protagonizada por Vin Diesel e cia, mas vemos algumas inspirações.

    O fio condutor deste projeto são as cenas de ação, pena que elas são poucas, mas todas são muito bem executadas e realistas o filme usa pouquíssimo CGI nas cenas e entretém com realismo, dentro de alguns limites (o protagonista ter montado aquele carro tanque em algumas horas É IMPOSSÍVEL em qualquer filme do cinema).

    Bala Perdida é um bom passatempo, repleto de boas cenas de ação que farão a alegria dos amantes de carros e dos fãs de cenas de perseguições automobilísticas.

    O longa possui um final, que flerta com a possibilidade de uma sequência, caso ela se realize vamos ver o que Pierret nos reserva, se será um novo Velozes & Furiosos ou uma sequência de Táxi. Façam suas apostas.

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