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    Crítica | Belle

    Paris Filmes/ Divulgação
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    O diretor japonês Mamoru Hosoda tem uma carreira diversificada no mundo dos animes. Trabalhando para a Toei Animation, já participou da realização, ora como produtor, roteirista ou diretor, ora como animador, de séries e filmes como Digimon, Dragon Ball Z, Sailor Moon e Yu Yu Hakusho, para citar os mais conhecidos. Em 2011, fundou o Studio Chizu, o qual produziu 4 animações premiadas, dirigidas por Hosoda. 

    Paris Filmes/ Divulgação

    A mais recente, Belle, foi exibida no Festival de Cannes 2021, onde foi aplaudida por 14 minutos. No filme, uma estudante de 17 anos, Suzu, carrega o trauma de ter perdido a mãe quando criança, criando nela um bloqueio para cantar, coisa que ela adorava fazer na infância. Sentindo-se perdida, a garota ingressa em uma rede social que já contava com 5 bilhões de usuários, chamada “U”. A plataforma imersiva usa uma tecnologia de compartilhamento corporal, ou seja, os usuários sentem tudo através de seus avatares. Suzu deu o nome de Belle a seu avatar e logo descobriu que através de Belle conseguia cantar de forma natural, chamando atenção dos outros usuários e se tornando uma estrela em ascensão.

    Ao se deparar com um misterioso monstro com rosto de dragão, Belle arrisca tudo para descobrir quem ele é de verdade. Dentro e fora do mundo virtual, a jovem Suzu encara uma jornada de descobertas e autoconhecimento, passando por questões como amizade, amor, relação familiar e até violência. 

    Equilibrando momentos de traços ricos e detalhados com outros de desenhos simples e com pouca definição, Belle é uma animação que não deixa nada a desejar em relação a obras de outros estúdios japoneses com mais tempo de mercado. Tudo se encaixa perfeitamente ao propósito das cenas e conduz o olhar ao que se quer destacar. São frequentes os momentos contemplativos, na natureza, na multidão ou na paisagem urbana. São segundos “silenciosos” que ajudam a imergir nas  angústias da protagonista. 

    A trilha sonora é parte importante da obra, mexendo com as emoções do espectador e dando o tom das cenas. As músicas cantadas por Belle são envolventes, e as letras externam sentimentos que nem Suzu entende direito, ainda. Vale a pena prestar atenção nelas.

    Em suma, Belle é fruto da liberdade criativa de Mamoru Hosoda e traz uma trama envolvente para quem se deixar imergir na ficção fantástica da obra. O longa é distribuído pela Paris Filmes e tem estreia prevista no Brasil para 27 de janeiro.

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