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    Crítica | Bem-vinda a Quixeramobim

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    Bem-vinda a Quixeramobim conta a história de Aimée, mulher de 30 e poucos anos de idade, herdeira de um empresário milionário implicado em um esquema de corrupção. Pela primeira vez sem a mesada do pai para se sustentar, Aimée terá de fugir para a última propriedade da família ainda disponível: uma fazenda caindo aos pedaços em Quixeramobim, interior do Ceará.

    O roteiro criado pelo diretor Halder Gomes (Cine Holliúdy) em parceria com L.G. Bayão (Motorrad) é simples, mas bem construído, em especial no primeiro ato. As situações que motivam a ida da protagonista para Quixeramobim, bem como sua chegada e os problemas que ela enfrenta na cidade são bem construídos. O enredo é divertido, simples e conta com um elenco afiado. O texto usa o melhor do linguajar nordestino, algo que pode causar certa confusão ao ser visto por públicos de outras regiões do Brasil. Mas é inegável, que boa parte das risadas vem desse texto. Todo o elenco merece destaque e todos estão mais do que afinados. A química entre os atores do é excelente. Os grandes destaques são: Monique Alfradique (Reação em Cadeia) que é encantadora e pra lá de carismática no papel de uma dondoca que consegue evoluir como pessoa ao revisitar suas raízes e o estreante Max Petterson que rouba as cenas, nas quais participa.

    Porém nem tudo são flores, devido a problemas com a pandemia, a produção possui certas limitações que são visíveis e prejudicam o andamento da trama. A cidade na qual a trama se passa, aparenta sempre estar vazia sem nenhum motivo aparente ou crível para isso, essa falta de explicação incomoda. O uso de alguns efeitos especiais, como o usado na Fábrica de Cerveja e em alguns pontos turísticos, deixam muito a desejar. Porém, o último ato é o que sofre mais e perde o ritmo, a montagem não consegue dar fluidez e acaba dando um clima de esquete ao que vemos. A mensagem sociopolítica da trama é bem inserida, mas resolvida de modo quase que surreal, o que não combina muito com tudo desenvolvido até então pela trama.

    Bem-vinda a Quixeramobim enfrenta altos e baixos em sua narrativa, mas no geral consegue entregar uma produção feita com muito esmero e leveza. A produção consegue alcançar o seu principal objetivo graças ao seu elenco: entreter. Que mais histórias de Halder Gomes sejam filmadas para encantar o Nordeste e o Brasil.

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