qua, 24 abril 2024

Crítica | Boa Sorte, Leo Grande

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Boa Sorte, Leo Grande conta a história de Nancy Stokes, uma viúva aposentada, contrata um jovem garoto de programa, Leo Grande, para curtir uma noite de prazer e auto-descoberta depois de uma vida sem-graça de casada. A produção dirigida por Sophie Hyde (Animals) apresenta uma visão intimista sobre a interação humana e questões como aceitação e, claro, sexo.

O filme dirigido por Stokes e é uma incrível peça de teatro, de execução meticulosa. Com um texto ousado e para lá de sensível a diretora consegue transformar o ambiente pequeno em um palco amplo, onde a dupla protagonista brilha com o texto afiado e perspicaz de Katy Brand (Walking on Sunshine). A trama não é tão ousada assim, mas os temas abordados são: frustrações pessoais, prazer sexual, aceitação, relação entre mães e filhos são alguns dos temas apresentados de modo extraordinário pelo roteiro. Muito desse sucesso se deve pela presença de Emma Thompson (Cruella) e de Daryl McCormack (Pixie), que estão encantadores em suas atuações. Leo é gentil e aparenta confiança, mesmo com um olhar triste. Nancy é insegura, histérica e uma verdadeira bomba de preocupações, ambos se conhecem e revelam, com o tempo, seus medos e desejos.

Um acerto do roteiro escrito por Brand é dividir a trama em quatro atos ou encontros. Cada um deles começa de modo parecido, mas com o tempo cada um deles apresenta identidade própria, temas e ideias. Nenhum deles é perfeito, mas tudo é apresentado com tanto realismo, de modo tão informal que até as falhas são ignoradas. Os momentos bonitos, engraçados e estranhos dessa amizade surgem sem atropelos e forçações de barra.

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Porém é necessário frisar que algumas situações nessa relação causam estranhamento, a personagem de Thompson em alguns momentos parece ter uma relação quase que maternal com o personagem de McCormack. Essa confusão pode ser relacionada ao ritmo cadenciado de alguns encontros (atos) que não se desenvolvem com a mesma empolgação do início da trama. Mas qual relacionamento não possui seus altos e baixos?

Boa Sorte, Leo Grande é uma dramédia repleta de histórias autênticas e que possui estupendas atuações de Emma Thompson e de Daryl McCormack. O filme mostra que a nudez emocional também é linda de se ver e tem espaço em uma relação amorosa, em especial, se ela lhe ajudar em aceitar a si mesmo.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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