dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Boo, Bitch

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O clichê e previsibilidade são uma coisa confortável, muitas produções se amarram nesse conforto para tentar alcançar algum relativo sucesso, mas o que muitos desses projetos parecem não compreender é que o fator que faz filmes e séries assim funcionarem é como as diversas histórias brincam e trabalham esses clichês de formas diferentes, sem necessariamente fugir do previsível mas também entregando a sua identidade própria. Pensando nisso, a nova série da Netflix “Boo, Bitch” aposta em nos dar esse conforto, mas falha ao não considerar tais aspectos.

A minissérie tem como estrela principal Lana Condor como Erika, que o público já conhece bem por sua trilogia de Para Todos os Garotos que Já Amei. Condor divide o protagonismo com Zoe Colletti como Gia, que é conhecida pela série spin-off Fear The Walking Dead. “Boo, Bitch” nos apresenta uma trama que em teoria é inusitada e interessante, uma adolescente quer aproveitar o fim do ensino médio ao máximo depois de perceber ter perdido todo o seu tempo sendo invisível no maior estilo Superbad, sendo que na noite da sua primeira festa, morre por motivos misteriosos e agora é uma fantasma.

Mesmo com um desenvolvimento já familiar para o público geral, a minissérie surpreendentemente consegue entregar uma versão ainda mais rasa e sem carisma do clichê, a atuação de Condor parece não ter sido feita com a mesma paixão e charme que a mesma apresentou na trilogia que trabalhou anteriormente. A personagem Erika é um poço de inconsistência, onde suas decisões não são feitas de acordo com o que conhecemos da personagem e sim para gerar algum tipo de conflito e assim a história se justificar em durar mais episódios. Com sorte, o outro lado da dupla de protagonistas é muito melhor, mesmo com um o texto fraco, Zoe Colletti apresenta uma personagem interessante e constante com Gia, vemos uma adolescente que tem seus medos, dúvidas, inseguranças mas também entrega energia, paixão e emoção.

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“Boo, Bitch” chega na Netflix sem fazer nenhum alarde, apesar de ser um tipo produção do serviço de streaming que faria sentido uma maior divulgação, mas talvez seja noção do próprio estúdio em perceber o potencial desperdiçado no projeto, que entrega uma história sem charme, que não tem justificativa para o número de episódios e nem mesmo a estrela veterana foi o suficiente para nos entregar o conforto que era esperado em clichês.

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