O universo cinematográfico dos super heróis ganhou mais um filme para sua galeria. Trata-se de Brightburn: Filho das Trevas, filme que responde uma pergunta no mínimo curiosa. “Como seria o mundo se o Superman fosse do mal?” A resposta para essa indagação está em um longa de 95 min que “cria” uma nova categoria a de terror de super-heróis, que honestamente não assusta tanto e muito menos encanta.
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O diretor David Yaroveski (A Colmeia) inicia o seu longa basicamente copiando a história de origem do Superman. Essa é apenas uma das várias referências ao Homem de aço. As semelhanças acabam quando no lugar do Clark Kent, temos um garoto de 12 anos que usará seus poderes para o mal. Essa premissa é interessante, porém mal executada.
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Parte dessa culpa reside no roteiro que tem mais furos que uma peneira. Os estreantes Brian e Mark Gunn (irmão e primo de James Gunn (Guardiões da Galáxia)), tentam entregar um roteiro revolucionário, porém entregam apenas um roteiro confuso. Um exemplo disso é visto no comportamento dos parentes do vilão. Eles são uma colcha de clichês de dar dó. O tempo gasto com a negação e ingenuidade deles com relação à natureza do garoto faz o filme parecer muito mais longo do que necessário. Além disso os diálogos são de um didatismo enfadonho. Além de o filme deixar MUITAS perguntas não respondidas (para não estragar sua experiência não irei dizer que perguntas são essas).
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Yarovesky se esforça em transformar Filho das Trevas em um bom filme de terror e surpreende ao apostar na violência gore e trash. Cada cena é contemplada, demorando o tempo certo para mostrar todo o sangue e destruição causada no corpo das vítimas pelo jovem vilão. Se você curte sangue, esse longa apresenta algumas cenas bem interessantes. A trilha sonora é agonizante, mas depois de um tempo se torna cansativa, assim como os típicos jump-scares dos filmes de terror que são usados em excesso.
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As atuações do trio central é o que move o longa. Mesmo com os problemas no roteiro citados os atores se empenham. Os destaques do longa são: Jackson A. Dunn (Glow) que convence no papel de psicopata mirim. Elizabeth Banks (Jogos Vorazes) também rouba as cenas interpretando o papel de uma mãe que faria de tudo por seu filho, mesmo que ele seja um monstro super poderoso. Talvez apostando nessa dinâmica e com um roteiro melhor o longa pudesse se tornar inesquecível. Mas isso não acontece.
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Brightburn: Filho das Trevas, é um filme que possui alguns pontos positivos em meio ao caos de seu roteiro. Se você é fã de quadrinhos ou de terror e não se importa com clichês, este filme é uma ótima pedida para passar o tempo. Caso contrário…