ter, 23 abril 2024

Crítica | Cavaleiro da Lua (Primeiros Dois Episódios)

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No atual nível da Marvel, o estúdio começou a investir em novos personagens para o MCU. Em 2021, a estreia das séries no streaming Disney Plus foi um sucesso, dito isso, a plataforma virou o palco perfeito para apresentar novas figuras nesse crescente universo. E a primeira série de origem da Marvel tem nome: Cavaleiro da Lua. A série acompanha Steven Grant, um gentil funcionário de uma loja de souvenir num museu, que fica atormentado com apagões e memórias de outra vida. Steven descobre que tem transtorno dissociativo de identidade e divide o corpo com o mercenário Marc Spector. A medida que os inimigos dos dois se voltam para eles, ambos devem navegar sobre suas diferenças e complexidades para resolver esse mistério envolvendo seitas e deuses egípcios.

Marvel Studios/ Divulgação

Os dois primeiros episódios da série se complementam e funcionam como um primeiro arco dessa história, uma chamada ideal. Cavaleiro da lua começa propositalmente confusa, diversas cenas jogadas do nada, representando o olhar do Steven. As primeiras trocas de uma personalidade para outra são muito instigantes, o espectador junto com o personagem ficam desesperados para saber o que aconteceu nesses “apagões”. A cena da perseguição de carro é o exemplo ideal para esses lapsos de memória, nós deixando 100% imersos para o que está acontecendo.

Conforme a série avança, começamos a entender as motivações de Marc Spector, e seu antagonista Arthur Harrow (Ethan Hawke). Existe uma inspiração em Indiana Jones, o conflito dos personagens por causa de um objeto importante (Macguffin), com isso entendemos um pouco nos dois episódios quem é Marc, e também quem é Arthur. Obviamente pelo contexto da série temos muita cultura egípcia aqui, trazendo muita personalidade para a obra, tudo muito bem explicado para o público leigo, grande mérito do diretor egípcio Mohamed Diab (Amira).

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Oscar Isaac as Marc Spector/Steven Grant in Marvel Studios’ MOON KNIGHT, exclusively on Disney+. Photo by Gabor Kotschy. ©Marvel Studios 2022. All Rights Reserved.

Em relação ao personagem Cavaleiro da Lua, a série consegue nos apresentar ao final do primeiro episódio sua primeira aparição de forma arrepiante, e conforme vai passando segundo, podemos ver mais detalhes de sua roupa e habilidades, tudo isso usando um bom CGI e diversos takes de pose ao estilo HQ (brincando muito com a lua de fundo). Existe também um elemento de terror aqui, muito aplicado para a descoberta do Steven sobre seu problema de identidade, o diretor usa muito esse brincadeira com espelhos e reflexos para evidenciar o mistério com a entidade egípcia.

Oscar Isaac está perfeito no papel, ele divide muito bem essa troca de personalidades e exalta as diferenças do Steven para o Marc, desde o olhar até a postura, o modo como anda e fala. O conflito entre os dois personagens deve ser o principal foco durante a série, e complementando isso, a entidade Khonshu é adicionada como outro conflito para eles, trazendo uma grande complexidade nas motivações do Marc, e ligação com o passado do Arthur.

Cavaleiro da lua consegue instigar muito nesses dois primeiros episódios. Mesmo sendo perceptível a mão da mão da Marvel, principalmente na parte da comédia, o estúdio consegue focar em seu novo personagem e desenvolver bem sua origem. Ao final dos dois episódios, o sentimento é de ansiedade para ver a continuação dessa grande aventura que se desenha para esse novo personagem dentro do MCU.

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