ter, 23 abril 2024

Crítica | Chef Jack: O Cozinheiro Aventureiro

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Histórias de grandes aventuras povoam o imaginário popular há gerações, desde os épicos gregos à Indiana Jones, o interesse em ultrapassar os desafios do desconhecido são fonte de entretenimento da melhor qualidade. Visto que nos dias de hoje buscamos cada vez mais surgir com novas formas de abordar conceitos que já funcionaram bem no passado, por que não adicionar um novo tempero para a receita? Chef Jack: O Cozinheiro Aventureiro reestrutura os elementos consagrados de histórias de aventura a partir do exercício de imaginar um mundo onde um dos trabalhos mais perigosos, intensos e gloriosos é o de cozinhar.

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   O filme nos apresenta Chef Jack, um cozinheiro aventureiro que apesar de muito reconhecido ainda se sente insuficiente. Jack vê então uma oportunidade de se provar merecedor de reconhecimento com a chegada de mais uma edição da Convergência de Sabores, competição culinária que Jack já ganhou no passado como assistente culinário.

   A história é bem direta e foca principalmente na dinâmica de Jack e Leonard, seu novo assistente que ainda está muito inseguro com suas capacidades. Os personagens formam um contraponto natural entre o excesso e a falta de confiança, mas para conseguirem seu objetivo terão que encontrar um ponto de equilíbrio.

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   Muitos diriam que é por ser uma produção brasileira (o que é uma besteira e não deve ser usado como parâmetro) mas a qualidade da animação em si não chega a ser um destaque, os personagens têm designs simplificados (mas eficientes) e ainda assim não chegam a se mover da forma mais suave, nada que chegue a distrair, mas também não agrega ao valor de produção. Mesmo assim, é importante ressaltar que, apesar da simplificação, a história ainda consegue parar em pé e isso basta.

   O elenco de vozes funciona muito bem e consegue dar personalidade aos personagens mesmo que o texto não necessariamente seja dos mais inventivos, os coadjuvantes têm suas características muito bem delimitadas e o design de personagem é competente em extrapolar esses elementos visualmente. Somos bombardeados com uma série de convenções e arquétipos já conhecidos, mas a história ainda se mantém engajante, muito graças à sua natureza objetiva. Não existem momentos arrastados neste filme.

   Chef Jack: O Cozinheiro  Aventureiro cumpre seu objetivo ao entregar uma aventura juvenil que entretém. Se não existem grandes destaques técnicos, existe uma história enxuta que muito provavelmente vai agradar ao seu público alvo.  

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Fabrizio Ferrohttps://estacaonerd.com/
Artista Visual de São Paulo-SP
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