qui, 5 junho 2025

Crítica | Chespirito: Sem Querer Querendo

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Chespirito: Sem Querer Querendo é uma série biográfica que conta a história de Roberto Gómez Bolaños, mais conhecido como Chespirito, o criador de Chaves e Chapolin Colorado. A produção acompanha a trajetória do comediante, desde seus primeiros passos no mundo da televisão até a criação de seus personagens mais icônicos, explorando sua vida pessoal, profissional e as polêmicas que marcaram sua carreira. 

É inegável que a série Chaves, marcou uma geração no Brasil e na América Latina, superando o fator entretenimento, e atingindo aspectos culturais e sociais da sua época. O show conseguiu ser um fenômeno e conquistou pessoas de diferentes culturas e classes sociais, um marco que aconteceu antes do advento da internet e segue até os dias de hoje. Sabendo disso, a HBO lança a série prometendo mostrar as diferentes facetas do criador da atração e explorar temas e relações que os fãs não conheciam. No seu primeiro episódio, já podemos ter uma ideia do que será apresentado no restante da temporada: a juventude do criador do show, o surgimento do programa, a relação entre Bolaños e Carlos Villagrán (Kiko), o caso extraconjugal com Florinda Meza (Dona Florinda) e outros temas que são de modo geral apenas pincelados.

No primeiro episódio, a produção opta por uma montagem elíptica, que vai e volta no tempo, gerando algumas confusões, que devem ser desfeitas com o lançamento dos demais episódios, que vão preencher as lacunas deixadas. O destaque da narrativa acaba sendo a infância e os primeiros passos de Bolaños na TV. Nela podemos ver como surgiram diversas inspirações para o personagem Chaves e outros personagens. As principais referências destacadas e levadas para o show foram: Charles Chaplin e palhaços de picadeiro, além da própria personalidade do ator, que na vida real era estabanado, mas muito desenvolto e engraçado. Durante o episódio, vemos o surgimento de alguns bordões, que são um deleite e tiram um sorriso quando surgem em conversas informais, os fãs vão adorar esses momentos.

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Os locais da época, cenários e figurinos vistos são perfeitos e o design de produção deve (e merece) uma indicação ao Emmy. Tudo relacionado as décadas apresentadas é reproduzido com perfeição. A fotografia é outro destaque, as cenas que abordam a infância do personagem são apresentadas em preto e branco e vemos alguns planos típicos da época, já as demais são vistas de modo onde o diretor aposta em planos médios e nos closes nas expressões dos atores, dando tempo para que eles desenvolvam o texto com naturalidade.

Outro destaque da produção é o seu elenco. Primeiro pela semelhança absurda de alguns atores: Pablo Cruz Guerrero (A Nave) e os atores que dão vida a Jaiminho, o Carteiro e Dona Clotilde. Eles são IDÊNTICOS aos personagens/atores, gerando uma sensação de nostalgia quando vistos! Além deles todos os interpretes de Roberto Bolaños (criança, adolescência e vida adulta) merecem destaque, pois conseguem dar verdade ao que vemos sem soar imitações e constroem versões admiráveis.

Chespirito: Sem Querer Querendo promete emocionar, chocar e encher de nostalgia os fãs ao revelar bastidores da produção e o passado de seu talentoso criador. Que os próximos episódios, sejam tão bons, quanto o de estreia.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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