Publicidade
Publicidade
Início Críticas Crítica | Cidade dos Mortos (To the Lake)

    Crítica | Cidade dos Mortos (To the Lake)

    Foto: Netflix/Divulgação
    Publicidade

    Minhas primeiras impressões sobre as produções de cinema/tv da Rússia não foram as melhores. Assisti A Noiva e tive raiva, que filme “ruim da peste”. Dei uma segunda chance ao cinema russo e assisti A Sereia – Lago dos Mortos e me arrependi profundamente. O que eles tinham em comum? Bons trailers. Quando a Netflix anunciou a produção russa, assisti ao trailer de Cidade dos Mortos e me desanimei tanto, que resolvi nem assistir a produção original russa. Para minha surpresa, vi no Twitter algumas pessoas falando bem da produção e resolvi conferir. E não é que eles estão certos? A nova série da Netflix é maravilhosa! Essa série é uma das melhores produções do ano e da Rússia.

    Foto: Netflix/Divulgação

    Cidade dos Mortos, como o nome pode sugerir, não trata sobre zumbis, mas sim sobre uma pandemia mortal de gripe que se espalha na Rússia. Essa série que foi filmada em 2019 e possui um cenário pós apocalíptico que lembra muito os problemas que estamos enfrentando com a pandemia de COVID 19, essa é uma série que está mais atual do que nunca.

    Na trama da série, um vírus desconhecido transforma Moscou em uma Cidade dos Mortos. Não há eletricidade, o dinheiro perdeu todo o valor, e aqueles que ainda não estão infectados estão lutando desesperadamente por comida e combustível. Um homem que mora fora da cidade com a mulher que ama e seu filho autista. Precisa ir para Moscou para salvar sua ex-mulher e seu filho. A partir de então, essas pessoas, que nunca acreditaram que estariam sob o mesmo teto novamente, têm que deixar o passado para trás e partir em uma longa e perigosa jornada ao norte para encontrar um pavilhão de caça isolado em uma ilha deserta.

    Foto: Netflix/Divulgação

    Cidade dos Mortos é diferente de tudo que você já viu, os ângulos usados na direção são únicos e mostram o caos da situação de modo bastante imersivo e criativo. A série conta sua história com eficácia, embora comece lentamente. Temos muito poucas pistas sobre a pandemia durante os primeiros 30 minutos do primeiro episódio que tem duração de 55 minutos, exceto por uma entrevista com um especialista que considera absurdas as reportagens da mídia. Mas nada disso prejudica a trama. Os diálogos da série não são nada clichês, na verdade a série possui muitos poucos momentos clichês e consegue dar uma revitalizada no gênero de sobrevivência. O roteiro afiado, aliado a uma edição/montagem pra lá de habilidosa nos prendem e o espectador nem vê o tempo passar. Tudo é construído com esmero nessa série.

    O elenco é outro ponto positivo. TODOS os atores do elenco merecem aplausos por construir personagens interessantes, mas Viktoriya Agalakova (protagonista daqueles dois filmes russos que assisti), rouba as cenas com sua personagem Polina que é uma rebelde sem causa e sem juízo. As distintas personalidades dessa desventura e seus relacionamentos são testados a todo momento nessa série. Cada episódio é mais tenso que o outro e se prepare para algumas cenas bem nojentas.

    Foto: Netflix/Divulgação

    Cidades dos Mortos é uma série muito boa, que está sendo exibida em um momento muito ruim. A série dialoga com a nossa situação atual de um modo cruel, realista e violento. Que nossa realidade não imite a ficção aqui vista, pois se isso acontecer… Estamos muito ferrados. Assista sem temor, com uma garrafa de vodca e que venha a segunda temporada!

    https://www.youtube.com/watch?v=ZYQRRf3l2qE
    Publicidade
    Publicidade
    Sair da versão mobile