ter, 16 abril 2024

Crítica | Com Carinho, Kitty

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Para Todos os Garotos que Já Amei foi um dos grandes sucessos da Netflix em 2018. A adaptação do livro homônimo, escrito por Jenny Han, ganhou duas sequências e neste ano estreia o spin-off Com Carinho, Kitty que é focada na irmã caçula de Lara Jen (Lana Condor). A trama da sequência acompanha Kitty Song Covey, uma adolescente que se autoproclamada especialista no amor. Após os acontecimentos dos filmes, a personagem-título decide investir em seu próprio relacionamento amoroso com o jovem Dae — que foi apresentado no último longa da franquia. Kitty descobre que manter um relacionamento à distância é difícil e se candidata à escola sul-coreana onde sua mãe estudou para assim, conhecer mais sobre a sua mãe e ficar perto do namorado. Mas ao chegar em Seul, ela descobre que as relações amorosas podem ser muito complicadas, principalmente quando seu próprio coração é colocado em jogo.

A trama de Com Carinho, Kitty aposta suas fichas no carisma da personagem título e numa trama frágil, que precisa ser comprada com muita fé pelo espectador para funcionar. Afinal de contas estamos vendo uma ADOLESCENTE que quer se mudar para o outro lado do mundo para frequentar a mesma escola que sua falecida mãe e descobrir mais sobre a vida dela, além de ficar perto da pessoa que ela ama. Como convencer o seu pai dessa decisão? Fazendo a apresentação de vídeo mais convincente da história, que na vida real não funcionaria nunca.

O roteiro escrito pela autora da obra original, Jenny Han, trata todas as situações apresentadas na série com o bom humor característico da franquia. A comédia romântica é um pouco imatura no desenvolvimento dos seus conflitos, em especial na do casal protagonista, mas a trama segue a maturidade do seu público alvo. O drama é exagerado em algumas situações e clichês do gênero (e da franquia) estão presentes e fazem a trama perder força. Situações como: surgiu um problema o que devemos fazer? Conversar sobre ele ou vamos guardar ele para nós mesmos e resolver depois? A produção sempre aposta na opção mais irritante e segue com essa problemática típica de adolescentes até o final da temporada, o que pode desagradar alguns. A produção tem um humor leve e às vezes bobo, mas consegue falar sobre temas delicados com seriedade e leveza. Assuntos como aceitação, sexualidade e representatividade LGBTQIA+ são apresentados de modo eficaz e convincente.

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O elenco cumprem bem os seus respectivos papéis na trama. O destaque do elenco são: Anna Cathcart (Odd Squad), Daniel Sang Heon Lee (Han Gong-ju) e estreante Gia Kim. Os atores conseguem entregar performances dignas de gente grande e são apaixonantes, em especial a personagem de Cathcart que sempre consegue ver o lado positivo das coisas, em meio os problemas. A trilha sonora acrescenta bastante a narrativa, sendo outro ponto positivo para a produção.

Com Carinho, Kitty é uma comédia romântica sobre amadurecimento que possui alguns altos e baixos. Mesmo com esses deslizes narrativos, é inegável que a produção deve agradar aos fãs da franquia que se apaixonaram pela personagem.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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