seg, 8 julho 2024

Crítica com Spoilers | Assassino Por Acaso

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É um filme do Richard Linklater que equilibra muito bem essa despretensiosa história com diversas camadas das características mais complicadas do ser humano. O longa é basicamente funciona com um formato já conhecido de comédia romântica, a diferença é que o texto é muito forte e combina magistralmente com o elenco escolhido. Não só as sacadinhas de psicologia e referências filosóficas que o diretor adora, mas uma diversão honesta durante a jornada.

Fingindo ser um assassino de aluguel para prender seus contratantes, o policial Gary Johnson quebra seus protocolos profissionais, assim se colocando em risco, ao salvar uma mulher de seu namorado abusivo.

E o filme situa nosso protagonista de maneira bem cômica, não só pela aparência caricata que forma sua imagem mais inofensiva possível baseado no seu cabelo arrumadinho pro lado, bermuda jeans, camisa social e óculos. Mas também seu estilo de vida, Gary é um professor da faculdade na área de psicologia e possui aquela vida bem típica dos adultos atualmente: solteiro, pai de pet, apaixonado por coisas específicas.

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O longa trabalha muito bem em descaracterizar e caracterizar diversas vezes essa imagem do ator. É fato que Glen Powell possui esse estereótipo do galã típico de Hollywood ou o cara rato de academia, porém o trabalho dos diversos disfarces que o personagem constrói ao longo do seu trabalho infiltrado é divertidíssimo, ele consegue mesclar em convencer desde o personagem original mais retraído e caído até chegar no cara mais classudo, com atitude. Um baita trabalho usando a imagem, o texto e a atuação.

A progressão da história é bem interessante, de maneira que sabemos que certas coisas acontecerão, seja a descoberta de sua namorada sobre a verdade ou esse embate de Gary com o antigo responsável que busca seu trabalho de volta. O longa brinca muito bem com essa constante troca de personalidades do mesmo, e como vai acabar alterando sua visão sobre o mundo e si mesmo, e assim transparecendo em suas futuras aulas.

O grande cena do filme talvez seja quando Glen Powell e Adria Arjona precisam contracenar usando falsos diálogos para enganar os polícias que estão escutando por meio da escuta e o uso brilhante do celular para explicar o que realmente está acontecendo, é uma mistura excelente de química, texto e direção.

Essa combinação dos personagens falhos na obra  funciona, seja pelo protagonista literalmente usar uma vida que não é a dele para impressionar uma mulher. Seja pela Madison se tornar uma femme fatale com o último ato. Ou até mesmo o antagonista da história, Jasper, que em algumas frases finais entendemos que ele não é nenhuma flor que se cheire, dado o histórico de racismo, xenofobia e etc. A moral é posta de lado e tudo o que importa é a encenação.

O diretor Richard Linklater consegue usar o filme leve e solto, uma típica comédia romântica, para trabalhar temas interessantes sobre o psicológico humano e as semelhanças de uma situação absurda do filme (parcialmente baseada em fatos) para retratar como no dia a dia nos adaptamos para cada momento ou nunca ou dificilmente vamos nos revelar cem por cento para as pessoas, estamos cada hora com algum tipo de disfarce. A diferença aqui é que o personagem se camufla psicologicamente e fisicamente.

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