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    Crítica | Continente

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    Tem um início bem focado na observação, no minimalismo, e isso é interessante para contextualizar sobre a região. E tem um tom de mistério ao estilo do recente Propriedade, de Daniel Bandeira, de sabermos que tem algo de errado ali e se aproxima. O problema é que a jornada é bastante cansativa e não é bem nutrida no terror psicológico para a recompensa do terror corporal.

    Depois de 15 anos morando no exterior, Amanda volta para casa com seu namorado francês, Martin. Eles chegam à grande fazenda de sua família, localizada em uma vila isolada nas planícies infinitas do sul do Brasil. Lá, Amanda encontra o pai em coma e uma tensão crescente entre os trabalhadores.

    É um filme que fica claro as metáforas quanto desigualdade de poder, a relação, uma dependência daquelas pessoas quanto seu senhor/senhora. Essa ideia de apresentar uma abordagem diferente quantos vampiros é interessante, o problema é usar aquelas pessoas apenas quanto imagem e corpos. Não existe uma base além disso, um desenvolvimento para o público se importar com algumas delas.

    É mais um longa de “passagem de bastão” por duas horas. E por mais que exista uma relação dessa troca em algo sexual e prazeroso para seus personagens, de toda uma performance entre eles, é muito vazio. É uma obra mais preocupada com o mistério , que tem seus momentos bons, como o caso da rápida cena da chuva de sangue, lindíssima.

    Quando chega o momento, é até chocante, porém não recompensa após tanto mistério em suas duas horas. Alguns personagens, como o caso da médica, que funcionariam como um contraponto, rapidamente estão na mesma posição e os conflitos que se revelam são fraquíssimos. Por que deveríamos nos preocupar com aquelas pessoas? Nem conhecemos o mínimo delas.

    A experiência de Continente é bem fraca. Ele te arrasta pelo mistério e contextualização sobre aquele local. Porém esquece de desenvolver pelo menos um pouco seus personagens. Uma pena a experiência quanto a imagem não ter um equilíbrio com o drama do filme, mesmo com bons visuais, o encontrado aqui é bem vazio.

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    ANÁLISE GERAL
    NOTA
    critica-continente Tem um início bem focado na observação, no minimalismo, e isso é interessante para contextualizar sobre a região. E tem um tom de mistério ao estilo do recente Propriedade, de Daniel Bandeira, de sabermos que tem algo de errado ali e se aproxima. O...
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