qui, 2 outubro 2025

Crítica | Coração de Lutador – The Smashing Machine

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Coração de Lutador – The Smashing Machine segue a onda das cinebiografias em retratar diversos períodos do astro e sua carreira de lutador. O longa vai abranger diversos problemas envolvendo seu vício, o relacionamento tóxico com sua esposa e a construção de caráter tanto da sua vida pessoal quanto no ringue.

Algo interessante que o filme trabalha é justamente essa “dupla personalidade” que Mark apresenta em sua vida. Enquanto no dia a dia e sendo uma figura famosa ele demonstra muita gentileza e boa postura com seus fãs e meio profissional, já na vida pessoal e em seu relacionamento com sua esposa é algo bem complexo e tóxico. São diversas cenas expondo essa insegurança entre sua relação e diversas atitudes exageradas envolvendo a discussão de quem é mais quem na relação.

E a direção de Safdie é muito brilhosa, usa bem o granulado para evocar a época e transmitir essa sensação anos 90 pelo Japão, onde a maior parte do filme ocorre. Toda a ambientação e os bastidores do meio é bem interessante, tanto as amizades e disputas envolvendo os torneios, e as cores chapadas ao longo do filme trazem esse grau de deslumbre nesse ambiente tão novo e fascinante para a época. O tom documental e os longos planos com os personagens evidenciam esse retrato de sua vida, a maior parte, acompanhada de muita angústia e decadência.

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Outro feito é a escolha de não seguir uma cartilha de ascensão, queda e redenção. O filme estabelece um clímax bastante bonito com a derrota precoce do lutador, mas ainda sim trabalhando uma espécie de libertação e felicidade ao tirar um peso do personagem.

E quanto ao trabalho de The Rock, a parte física é impressionante, não é uma novidade na carreira do ator, mas nota-se um grau a mais em seu corpo, um exagero exigido por conta da extrema auto cobrança do personagem e a relação com seu vício em anabolizantes. O uso de cabelo e a troca do nariz trazem um frescor com o ator, por mais que a maquiagem acabe limitando a atuação do mesmo, em cenas com choro, por exemplo, a escolha de tampar o rosto acaba frustrante e tirando um possível potencial de atuação. Mesmo assim, a escolha de trazer Emily Blunt, alguém mais experiente, acaba elevando e ajudando as cenas de discussão e interação do casal.

Por mais que tenha diversos assuntos interessantes ao longo do filme, ele parece nunca aprofundar seus pontos. Ficando mais numa questão de diversos elementos apresentados e fica por isso mesmo. Mas a mensagem final é de engrandecimento dessa figura, que por mais que tenha perdido no final, o diretor faz questão de enaltecer a importância desses lutadores para todo um pavimento que viria até os dias de hoje e os milhares de dólares que são movidos nessa indústria.

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E a brincadeira final do filme é de fato criar um tom documental novamente e ao estilo câmera escondida com o verdadeiro Mark Kerr, vivendo sua vida tranquilamente nos dias de hoje. Essa escolha da direção documental traz frescor e intimidade com o filme, fazendo esquecer um pouco o tom convencional da obra e criando uma imersão na vida íntima daquelas pessoas. Por mais que o grande foco seja a transformação de The Rock com o filme, a direção de Safdie acaba roubando a cena no final das contas.

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