qui, 14 agosto 2025

Crítica | Corra Que a Polícia Vem Aí (2025)

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Se tem um ponto que Corra Que a Polícia Vem Aí (2025) vai conseguir aproveitar, é a falta desse tipo de humor no cinema atual. A sátira, o humor nonsense, as trilhas sonoras colocadas de forma proposital para beirar uma cena ao ridículo. É uma abordagem muito rara e que as produtoras têm medo de trazer novamente ao público, tão chato nos dias de hoje. E o filme traz essa ideia de Reboot, mas ainda sim preservando o material original, os antigos personagens, com sua grande maioria já falecida, e trazer uma nova história de continuidade e atualização daquele universo.

E uma boa sacada que fica em torno de suas duas figuras: Liam Neeson e Pamela Anderson. Não só inserir um ator conhecido pelos filmes de ação/drama e o colocar fora de sua zona de conforto, tanto ele como a Pamela, um pouco sumida nos dias de hoje. É colocar o ridículo com aqueles atores, e não só isso, combinar diversas características que fizeram suas carreiras para usar de brincadeira ao longo do filme. Seja ótimas cenas de ação e brincar com esse olhar bruto do ator, acostumado a pagar de durão, mas quebra-lo de forma divertida com o público, gerando diversas gargalhadas, desde o bom texto até o humor mais físico que o astro entrega de forma excelente. Já a Pamela, o filme utiliza sua sensualidade e rica beleza para criar até cenas que remete o femme fatale e uma pegada noir com o decorrer da jornada da personagem.

Muitas piadas, como qualquer filme do gênero, acabam funcionando mais do que outras. O tipo de piada envolvendo humor físico funciona praticamente todo o tempo, não só pela entrega dos atores, mas um repertório ótimo de criatividade. Já as piadas envolvendo o texto, acabam ficando entre um limite de você saber bastante ou não de cultura americana, o que pode acabar prejudicando o impacto de alguma piada. Existe um momento excelente na parte do bar que envolve um talento de timing cômico e texto, até mais “pesado” digamos que encaixa perfeitamente, te pega desprevenido, e isso é o maior charme do filme, tal qual seus anteriores, o interesse pelo aleatório.

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E o simples sendo feito, a história sendo já apresentada, seus vilões, mocinhos e situação. Um noir desconstruído e ridículo (no melhor sentido). O longa une bem essa ideia de atualizar a franquia, envolvendo esse conceito de inteligência artificial e problemas modernos. Mas também casar as sacadas antigas da franquia, tal qual piadas envolvendo comentários levados ao pé da letra ou literalmente surgir aquilo que está sendo dito. Ou até mesmo algo que acaba irritando no gênero, repetir a mesma piada, aqui acaba caindo perfeitamente, o lance do café, arrancou uma gargalhada genuína a cada situação.

Corra Que a Polícia Vem Aí (2025) é uma surpresa. Ele respeita seu material original e atualiza com nosso mundo. Ele é inteligente sem querer forçar isso, usando seu texto criativo e uma honestidade com o ridículo que é extremamente raro nos dias de hoje. Ele talvez seja até responsável pelo resgate das sátiras e quem sabe uma renovação fixa da franquia no cinema.

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