
De Volta à Ação, Jamie Foxx e Cameron Diaz interpretam, Matt e Emily, um casal aparentemente comum, mas com um grande segredo no passado: ambos foram agentes secretos incrivelmente habilidosos. Apesar da vida pacata e focada nos filhos, o casal tenta manter suas verdadeiras identidades ocultas. No entanto, quinze anos depois, eles são forçados a retornar ao mundo da espionagem quando suas antigas identidades são expostas.
O título do novo lançamento da Netflix faz referência e menção a volta de Diaz à carreira de atriz, após dez anos longe das câmeras. O que de longe é um problema no novo filme do streaming, já que a atriz se saí bem no papel. A produção dirigida por Seth Gordon (Quero Matar Meu Chefe) faz o básico do básico e no início até dá tempo para o elenco brincar e improvisar, soltando algumas piadas e sacadas ali e aqui, em especial no primeiro ato do longa. Porém do segundo ato em diante a direção grava suas cenas de modo protocolar. O roteiro escrito pelo próprio Gordon em parceria com Brendan O’Brien (A Casa Caiu), faz uso de todos os clichês de filmes de espionagem já feitos na história e aposta suas fichas nos seus diálogos expositivos que explicam toda a história a cada 10 minutos, o que digno de vergonha.

Para salvar a trama, os protagonistas vividos por Jamie Foxx (Ray) e Cameron Diaz (Annie) usam e abusam do seu carisma. É visível que eles se divertem em fazer as cenas de ação (que são filmadas com vários cortes) e com seu charme a dupla carrega a história nas costas. O restante do elenco pouco agrega, por causa da sua inexperiência ou por não ter espaço suficiente para desenvolver suas motivações . Um exemplo, é Andrew Scott (Ripley) que sempre que aparece engrandece a história, mas o ator acaba sendo desperdiçado e não tem 20 minutos em cena. A montagem dá urgência a história e torna ela dinâmica, os efeitos especiais são corretos e não prejudicam a trama, mesmo tendo alguns altos e baixos.
De Volta à Ação leva a “fórmula” dos filmes de espionagem ao extremo e tira tudo que pode, sem adicionar nada de relevante, o que pode tornar esse passatempo algo repetitivo. Assista, mas sem grandes expectativas.