
A trama de Desconhecidos apresenta ao público uma dramatização dos últimos meses conhecidos de um assassino em série, começando por um caso isolado e rapidamente se transformando em uma onda de assassinatos brutais. Por mais simples que a história pareça, essa produção esconde reviravoltas e surpresas que intrigam e prendem a atenção do espectador de um modo raramente visto.
O diretor e roteirista J.T. Mollner (Outlaws and Angels) criou uma trama objetiva, que é dividida em seis capítulos, que são apresentados de modo não linear deixando o espectador com uma pulga atrás da orelha com o que é apresentado. Afinal de contas, toda história realmente possui dois lados? A cada episódio apresentado, somos levados a acompanhar uma corrida brutal pela sobrevivência. A trilha sonora inquietante mostra que o perigo está mais perto do que se imagina e isso agrega muito ao desenvolvimento da história que possui reviravoltas e uma mensagem muito interessante (não falarei sobre ela para não estragar o filme). Mas as reflexões são interessantíssimas e pertinentes nos dias atuais.

A fotografia repleta de tons esverdeados e avermelhados, mostra a natureza violenta do ser humano e o que ele é capaz de fazer, quando acuado. A direção ainda usa e abusa de closes e ângulos diferenciados, que ajudam no ritmo da história, que conta com uma ótima montagem.
Além disso, o elenco principal é incrível com atuações memoráveis. Willa Fitzgerald (Pulso) tem uma atuação digna de Oscar e se torna uma camaleoa em cena apresentando diferentes facetas em uma atuação chocante. Kyle Gallner (Sorria 2) desenvolve seu papel de modo espetacular, servindo de escada para que Fitzgerald brilhe.
Desconhecidos é um filme diabolicamente inteligente e perfeito para os fãs de suspenses intrigantes. Assista no cinema mais próximo, assim que estrear.