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    Crítica | Desejo Proibido

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    O novo lançamento da Paris Filmes vai para Desejo Proibido (Heaven in Hell, em inglês), novo filme de Tomasz Mandes, o mesmo diretor responsável pela trilogia erótica de sucesso da Netflix 365 Dias. Contando com Simone Susinna e Magdalena Boczarska nos papéis principais, o longa-metragem chega aos cinemas brasileiros em 6 de abril deste ano.

    Tomasz Mandes, o embaixador da erótica narrativa e do cinema polonês, não para de tentar entregar uma trama mais caliente para que não entre no esquecimento. Não tivemos tempo de esfriar a cabeça depois da exibição da trilogia dirigida por ele, que teve como título 365 dias, e já provoca e tenta um novo longa chamado de Desejo Proibido que tem como título original ‘Heaven & Hell’ e o trocadilho do cartaz não mente: fugindo para o inferno, nos encontramos no inferno.

    Desejo Proibido supostamente vem da gaveta de “longas-metragens”, mais uma deceção de Mandes na qual seu trabalho mais frequentemente se assemelha a um clipe erótico, um anúncio de marca de carro esticado ou uma oferta turística patrocinada por um fundo de cinema da Pomerânia. É provavelmente um pouco de tudo isso: uma fantasia de amor atemporal direto de um anúncio turístico. O impulso do coração é tão poderoso que capta também a realidade: a verdade do lugar e do tempo, pontos de referência (deveres profissionais) que fazem de carne e osso as figuras humanas que ao serem inseridas em um contexto social, complicam as motivações e muitas vezes aumentam as apostas da trama. O impulso do coração acaba sendo um ladrão trazendo situações problemáticas que acabam sendo normalizadas.

    Mais uma vez, nos encontramos no mundo da fantasia, tão agradável quanto visitar aquele parente no almoço. Em poucas palavras, uma juíza viúva (Magdalena Boczarska) se apaixona por uma testemunha de processo civil depois que ele se aproxima dela em um café. É difícil culpá-la, afinal Max (Simone Susinna) é um cara italiano moreno com olhos azuis penetrantes e bíceps estourando sob as mangas da camiseta e 15 anos mais novo do que ela. Olga (Magdalena Boczarska)  é cega para a possibilidade de que ele possa estar tentando influenciá-la e se entregar a ele em seu escritório. Agora, não estou sugerindo que os juízes nunca cheguem numa trapaça, mas essa situação parece altamente indiscreta e antiética, visto que ele quebrou a segurança para encontrá-la “acidentalmente”.

    Para deixar a situação ainda mais embaraçosa, a vertente adicionada ao filme de Tomasz Mandes é que Max estava namorando a filha de Olga, Maya (Katarzyna Sawczuk). O relacionamento familiar deles já está tenso, mas a jovem explode quando descobre a situação e ao invés de conversar com a mãe, ela decide separar os dois. 

    Como dito, Desejo Proibido é feito pelo mesmo diretor de 365 Dias, o filme intitulado “The Polish Fifty Shades Of Grey” ou “O Cinquenta Tons de Cinza Polonês”. Vemos seu estilo ficar mais evidente a cada filme que ele faz, a partir do momento em que peitos e bundas vão preenchendo a tela nos créditos iniciais.

    Há uma tentativa de criar uma história, mas os diálogos são tão banais e o filme pula entre as cenas tão rapidamente que a continuidade se torna um problema. Acaba que o filme não traz diálogos interessantes e muito menos cenas quentes o suficiente para entreter o público. 

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