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Início Críticas Crítica | Destruição Final – O Último Refúgio (Greenland)

    Crítica | Destruição Final – O Último Refúgio (Greenland)

    Foto: STX Entertainment/ Divulgação
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    No cinema, temos memoráveis longas apocalípticos. Várias já foram as razões para o fim da humanidade: mudanças climáticas (O Dia Depois de Amanhã), vírus (Contágio) e até um asteroide (Armageddon). Para aumentar a galeria de filmes sobre o fim do mundo, temos a adição do ainda inédito Greenland, estrelado por Gerard Butler (Invasão à Casa Branca) e Morena Baccarin (Deadpool 2). No Brasil, o filme ganhou o título exorbitante de Destruição Final – O Último Refúgio.

    Foto: STX Entertainment/ Divulgação

    Greenland tem como ameaça principal, um cometa chamado “Clarke”, que está passando próximo da terra, mas após sua passagem alguns fragmentos dele caem no nosso planeta e vemos que o apocalipse é iminente. Assim, uma família entra em uma corrida contra o tempo para alcançar a única esperança de sobrevivência: um grupo de bunkers localizado na Groenlândia. Prepare-se para ver algumas explosões, cenas de ação, drama e os clichês do gênero. Sim, temos clichês e algumas incoerências, que podem incomodar os mais atentos. O diretor Ric Roman Waugh (Sem Perdão) faz a introdução sobre a origem do cometa de modo crível e coerente. O que não é tão crível e coerente é a natureza humana retratada no filme, após o primeiro fragmento cair. As pessoas se comportam de modo egoísta ou benevolente afim de ser, unicamente, conveniente com o que a trama pede. Existem vários momentos em que os personagens poderiam ir por outro caminho, mas eles vão pelo caminho mais favorável à trama. Não que isso seja errado, mas é claro como a luz do dia como o roteiro, escrito por Chris Sparling (Buried), está manipulando as ações afim de fazer a trama andar custe o que custar. Temos até uma cena que os protagonistas exigem serem salvos, e são assim atendidos.

    Foto: STX Entertainment/ Divulgação

    O longa possui quase duas horas de duração, e no geral, temos um bom ritmo na trama. O primeiro ato, serve para apresentar os personagens e o perigo, ocorrendo sem atropelos. Já o segundo ato ocorre com algumas irregularidades. Temos momentos frenéticos e outros de uma demência que ninguém merece assistir, como por exemplo: a cena que mostra a criança indo tomar banho antes de pegar um carro para fugir. Morrer? Pode. Encontrar o todo poderoso com cabelo sujo? Jamais!

    As cenas de ação, por incrível que pareça, para um filme com a temática de fim do mundo, são pontuais (leia poderiam ter mais). Mas as que estão na obra são espetaculares e muito bem feitas, o CGI não deixa a desejar em nenhuma delas, dando realismo a situação. Destaque para a cena com o céu em chamas. Já que não temos tantas cenas de ação, o filme opta por focar no drama familiar. O resultado é bem piegas, ficando claro a intenção de comover o espectador. O que é uma pena, pois elas poderiam ser melhor desenvolvidas e o drama melhor trabalhado.

    Foto: STX Entertainment/ Divulgação

    A fotografia alaranjada mostra o caos da situação vivida pela família e cumpre bem o papel. O som também é outro destaque do filme. Já as atuações deixam a desejar. Gerard Butler interpreta um homem de família, que na hora do pega pra capá desenvolve habilidades dignas de um super herói. Morena Baccarin está lá e não tem muito com o que trabalhar. Mas mesmo assim, ainda se saí melhor que Butler.

    Greenland é um típico thriller de apocalipse, que para se diferenciar, aposta suas fichas num drama familiar que não convence muito. Caso você não seja muito exigente, irá se divertir, com toda certeza.

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