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    Crítica | Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes                                          

    Créditos: Divulgação/ Paramount Pictures
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    Existe um insistente tentativa de Hollywood em querer adaptar o RPG de mesa Dungeons & Dragons. Se por um lado existe aquela difícil tarefa de adaptar uma obra dos videogames par ao cinema, aqui, temos a quarta tentativa de adaptação live-action oficial da franquia. Inicialmente mostrada em 2000, com um filme tenebroso que saiu nos cinemas, a obra contou com outras duas adaptações diretas para Tv. Agora, temos uma introdução desse universo da Paramount para conseguir consolidar uma “infinita” franquia no cinema, usando os mesmos moldes do MCU.

    A produção estrelada pelo ator Chris Pine (de Star Trek) no papel de Edgin, e pela atriz Michelle Rodriguez (de Velozes e Furiosos) como Holga, acompanha a jornada de um grupo de cinco guerreiros atrás de uma relíquia. Na história, o grupo precisa superar suas diferenças e embarcar em uma jornada épica para combater um grande mal que pode causar a destruição do mundo.

    Chris Pine plays Edgin and Regé-Jean Page plays Xenk in Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves from Paramount Pictures.

    De fato a obra acaba que surpreendendo, mesmo que se utilizando de manejos ou fórmulas do blockbuster já estabelecidas, com um olhar mais otimista para futuras continuações, o filme consegue divertir na maior parte do tempo. São momentos que estabelecem uma sensação de um verdadeiro jogo de RPG, seja pela decisões equivocadas ou improvisadas, o grau de aventura é simplesmente bem executado. E a comédia do filme em sua grande parte é a melhor coisa durante a jornada, são passagens que evidenciam o talento do humor de atores como Chris Pine e Justice Smith, trabalhando com piadas com um tom bastante sarcástico entre os personagens.

    Quanto a relação com o RPG de mesa, existem as diferentes classes apresentadas com o nosso grupo principal do longa. Desde bardo, bárbaro, mago, druida, paladino e etc. São características bem apresentadas durante seus acontecimentos, temos desde a utilização da sagacidade do bardo, sequências de luta da Holga, as trapalhadas, porém eficientes magias Simon e a habilidade e inocência do paladino. São elementos que trazem um ar carismático para seus personagens. A utilização dos poderes no geral é bem encenada, com destaque para a cena de fuga da Druida do castelo. É um prato cheio para os fãs do jogo de mesa, é possível estabelecer as conexões com Easter eggs durante a jornada, e somos presenteados com a já anunciada participação especial do elenco original de A Caverna do Dragão.

    Por outro lado, quando o filme quer estabelecer uma história mais levada para o drama, construir  problemas emocionais dos personagens com seu público, ele fica no medíocre. São elementos mal desenvolvidos, por começar a relação mal encenada entre Pai e filha, o drama do personagem do Chris Pine em restabelecer a conexão com ela e ressuscitar a esposa já falecida. É alto tão previsível e ocupa um tempo considerável de tela em querer estabelecer isso, lembrando que estamos falando de um longa de mais de duas horas de duração. E a construção dos outros personagens fica apenas na introdução dos mesmos, com exceção das passagens de ação e humor, mas o resto é apenas jogado de escanteio, deixando o destaque emocional mesmo para Edgin e Holga, onde não existe um grau verdadeiro de interesse com suas respectivas jornadas.

    E ainda existe a força fraca da vilã Sofina, interpretada por Daisy Head, onde observamos um vilão muito maior por trás dessa personagem, provavelmente já criando uma base para futuras continuações. Mas a presença da personagem é bastante esquecível, ficando apenas nas caras e bocas que a atriz consegue entregar para demonstrar sua vilania, apesar das boas cenas de combate.

    Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é a mais nova tentativa de consolidação de uma franquia no cinema Blockbuster. Em tempos de uma crise consenso do gênero de super heróis no cinema, surge uma possibilidade de atrair novas pessoas para o universo de fantasia, onde se utiliza mais a comédia e aventura. E esse filme tem a possibilidade de nascimento dessa nova onda, apesar de clichês, fórmulas mais controladas quanto sua execução de narrativa, a obra pode facilmente conquistar fãs e criar diferentes histórias para esse mundo. No final das contas, foi notável a diversão apresentada e o carisma existente quanto seus personagens. Não foi logo um vinte nos dados, mas algo agradável á lá sessão da tarde.

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