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Crítica | Emily in Paris

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Emily in Paris é a nova série da Netflix, que conta a história da Emily (Lily Collins – Simplesmente Acontece), uma executiva de marketing de uma grande empresa de Chicago, que vai trabalhar por um ano na recém comprada agência de Paris. Emily será a visão “americana” dentro da filial francesa e ficará responsável pelas mídias sociais dos clientes.

Foto: Netflix/ Divulgação

Logo no trailer já vemos que Emily in Paris é muito inspirada em Sex and the City e O Diabo Veste Prada, e não é atoa! O criador da série, Darren Star também foi produtor de Sex and the City e a figurinista é a lendária Patricia Field, que também criou os figurinos de ambas as obras. Ou seja, um prato cheio para os amantes de moda. Rola até citação à Gossip Girl, muito divertida inclusive.

www.instagram.com/lilyjcollins

Mas a história não gira ao redor da moda, não! A série aborda muito mais ações de marketing do que o mundo da moda em si. Vemos muitas citações às diferenças de cultura (EUA e França), indo desde a famosa pízza de Chicago, até mictórios a céu aberto em frente ao Rio Sena. Além de explorar muito os estereótipos de que o povo francês é grosso e muito voluptuoso, claro que com muito humor. 

O principal foco da série é o crescimento profissional da Emily, claro que vemos um triângulo amoroso, mas o que mais ocupa tempo de tela aqui é a protagonista tentando vencer a barreira da linguagem, já que ela não fala francês, e a superar os perrengues do dia a dia de uma equipe bem harmoniosa que claramente não quer ela ali.

Foto: Netflix/Divulgação

Mesmo sendo uma comédia romântica com muitos clichês, Emily in Paris aborda questões feministas muito relevantes. Em uma das cenas mais marcantes acontece um diálogo da protagonista com um cliente da agência e ela faz a brilhante pergunta “sexy ou sexista?”

Os personagens secundários vão crescendo no decorrer da história. A melhor amiga, Mindy (Ashley Park, Crônicas de San Francisco) tem um excelente timing cômico. 

Diferentemente de outros romances que envolvem um triângulo amoroso, a namorada do “mocinho” aqui é muito legal, inteligente e realmente fica amiga da Emily. Aqui a única pessoa que parece ser “odiável” é a chefe, lembrando ainda mais O Diabo Veste Prada. 

EMILY IN PARIS (L to R) PHILIPPINE LEROY-BEAULIEU as SYLVIE GRATEAU and LILY COLLINS as EMILY in episode 110 of EMILY IN PARIS Cr. STEPHANIE BRANCHU/NETFLIX © 2020

A série é totalmente alto astral, passando várias mensagens de otimismo, amizade e respeito. Com o passar dos episódios é que a série vai ficando cada vez mais engraçada. 

No início alguns dos personagens parecem muito “exagerados” ou “excêntricos”, mas no decorrer dos episódios vamos nos acostumando com eles e até mesmo um simples olhar nos causam risadas.

EMILY IN PARIS (L to R) LILY COLLINS as EMILY and CAMILLE RAZAT as CAMILLE in episode 104 of EMILY IN PARIS. Cr. STEPHANIE BRANCHU/NETFLIX © 2020

É muito interessante assistir obras que fogem dos tradicionais cenários estadunidenses e canadenses. A série toda é rodada na França. A fotografia é linda, com muito charme e romantismo. 

Emily in Paris consegue suprir uma lacuna nas séries atuais. Estamos em uma onda de séries teen, ou muito “sérias”. Aqui, qualquer jovem mulher consegue se identificar em muitas situações, seja por gostar de alguém comprometido ou ao começar em um novo emprego. Os episódios são curtos, entre 24 e 30 minutos, perfeito para quem está procurando algo leve e divertido para passar o tempo.

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