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    Crítica | Entre Realidades

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    O termo subconsciente, é utilizado na psicologia muitas vezes para descrever “qualquer tipo de conteúdo da mente existente ou operante fora da consciência”. Complexo né? Talvez, Mas complexo mesmo é Entre Realidades, novo filme original da Netflix, que decide aprofundar esse tema numa história que te deixará se questionando por um tempinho o que foi visto em tela.

    O filme narra a história de uma jovem com problemas para socializar e transtornos derivados de traumas anteriores. As coisas parecem piorar quando os esquisitos sonhos da protagonista começam a invadir a vida real. Confusa, ela começa a questionar a própria realidade e nos leva a uma estranha viagem psicológica. A execução dessa sinopse possui pontos positivos e negativos, que podem ou não ser os mesmos para diferentes pessoas, o filme é bastante interpretativo é uma cena pode possuir vários significados. O que podemos concluir de modo unanimo é sem dúvida nenhuma a belíssima atuação de Alison Brie (GLOW) ela está fantástica! A atriz se entrega a personagem e sua atuação é intensa! Os demais atores e atrizes cumprem bem o seu papel, mas nenhum chega a altura da atuação de Brie. Nem mesmo o longa acompanha o nível de atuação, não por falta de qualidade no roteiro ou na direção, mas sim pelas escolhas que o roteiro e a direção de Jeff Baena (A Vida Depois de Beth) tomam. O roteiro escrito pela própria Brie em parceria com Baena decide optar de mostrar a história pela ótica da protagonista desequilibrada, isso torna o filme confuso, com várias pontas soltas que sobram para que o espectador os preencha, fazendo a experiência do longa se torne desconcertante. Para exemplificar isso temos uma cena na qual uma personagem que divide o quarto com a protagonista a trata com carinho e preocupação. Poucas cenas depois, o tratamento muda completamente. Por que? O que houve? Como a protagonista foge da realidade em seu subconsciente, o filme também foge e ficamos com esses buracos intencionais no roteiro, que podem ou não agradar o espectador.

    Quanto mais o tempo passa mais adentramos na loucura da personagem e mais subjetivo o filme se torna. A direção de Baena perde a chance de se aprofundar no que vemos, os delírios da personagem poderiam ser abordados de modo a permanecer na nossa mente por semanas, mas essa chance é desperdiçada, o que é uma pena. O final é frenético e totalmente aberto a suposições e teorias. A fotografia é encantadora e a trilha sonora caótica acrescenta bastante a história, nos fazendo compreender mais a personagem e nos levando a mergulhar na sua psicodelia delirante.

    Entre Realidades (título muito melhor que o original, Horse Girl) é uma história abstrata, confusa e que tem um saldo positivo devido a bela atuação de Alison Brie. Para entender melhor o filme coloque sua mente pra trabalhar ou apenas fuja da realidade, digo: fuja desse filme.

    Entre Realidades já está disponível na Netflix.

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