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Início Críticas Crítica | Espiral: O Legado de Jogos Mortais

    Crítica | Espiral: O Legado de Jogos Mortais

    Reprodução/Paris Filmes
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    Jogos Mortais é uma franquia de terror, criada por James Wan e Leigh Whannell, pra lá de singular. Os três primeiros filmes da franquia foram focados Jigsaw (são os melhores) e nos ensinamentos que seus “jogos” poderiam trazer as vítimas escolhidas, os demais foram focados no seu plano pós morte e no mistério de quem estava executando os jogos (a franquia entrou em declínio). O último filme lançado (Jogos Mortais: Jigsaw) foi um prequel e o resultado final foi um pouco melhor que o das obras antecessoras, mas esse parecia o fim da franquia. Mero engano! Espiral: O Legado de Jogos Mortais, lançado recentemente nos cinemas, revive a franquia dando a ela um certo frescor e, claro, uma boa dose de violência.

    Reprodução/Paris Filmes

    Sendo honesto, Espiral – O Legado de Jogos Mortais está mais para um spin-off do que uma sequência. O que tem seu lado positivo. O novo filme foca dessa vez em um imitador de Jigsaw, que desencadeia uma forma distorcida de justiça em “Espiral”. Com isso, um respeitado veterano da polícia, um impetuoso detetive e seu parceiro novato se encarregam da investigação sobre os assassinatos que assombram a cidade. Com isso todos eles se envolvem em um mistério mortal. Esqueça as armadilhas usadas como punição, com o intuito de ensinar, consertar e implementar uma mudança na vida da “vítima”. A nova trama é bem mais simples que os outros filmes da franquia. Aqui temos um thriller de investigação policial, que usa as armadilhas apenas como objeto de vingança. O procedimento dos jogos continua o mesmo, com a ausência do boneco Billy e a inserção de um novo mascote, que tem uma função interessante de servir como crítica ao novo grupo de vítimas.

    Com todos esses elementos citados esse é o melhor longa da franquia? Não. O filme tem suas falhas. Uma delas consiste no roteiro escrito pela dupla Josh Stolberg (Jogos Mortais: Jigsaw) e Pete Goldfinger (Piranha 3D), como dito o foco aqui é mais simples, e ser mais simples fez com que a dupla de roteiristas entrega-se uma trama previsível e com alguns clichês. O mistério é quase inexistente e deixa a desejar. Esqueça as reviravoltas mirabolantes que marcaram a franquia, aqui é tudo objetivo e preto no branco. As armadilhas são violentas, mas não tão criativas quanto as demais já feitas. O diretor Darren Lynn Bousman (Jogos Mortais 2, 3 e 4) constrói uma atmosfera envolvente e usa bem a iluminação para criar uma atmosfera angustiante. Além disso o diretor acerta no design de produção, que é tímido (quando comparado ao dos outros filme) mas é eficiente para o filme e a sua proposta.

    Reprodução/Paris Filmes

    O elenco tem altos e baixos, Samuel L. Jackson (Dupla Explosiva) atua sendo ele mesmo. Resumindo o ator liga o piloto automático e faz o que o roteiro pede sem se esforçar. Max Minghella (The Handmaid’s Tale) é o grande destaque do filme com sua atuação e Chris Rock (Gente Grande) decepciona com uma construção de personagem que é caricata, cheia de caras e bocas que destoa do restante do elenco.

    Espiral: O Legado de Jogos Mortais não é o melhor longa da franquia de terror, mas funciona bem como a primeira peça de algo que promete levar a franquia para outro patamar, no geral o filme faz jus ao legado de Jigsaw para a nossa alegria.

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