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Início Críticas Crítica | Estômago 2: O Poderoso Chef 

    Crítica | Estômago 2: O Poderoso Chef 

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    Estômago estreou nos cinemas no ano de 2007, sendo um dos melhores filmes daquele ano. A produção dirigida por Marcos Jorge (Mundo Cão) apresentou a história de Raimundo Nonato, um nordestino ingênuo e valente que veio para São Paulo “vencer na vida” mas acabou indo parar na cadeia. Entre críticas a sociedade e dualidades do protagonista, Jorge conseguiu construir uma verdadeira obra prima do cinema nacional. Após 15 anos, chega aos cinemas Estômago 2: O Poderoso Chef, sequência que mostra como Nonato virou o chef dos chefs na prisão, encantando com seu talento culinário e saborosa lábia tanto o diretor do presídio quanto o veterano líder dos detentos. Até que um terceiro chefão, o mafioso italiano Dom Caroglio, chega para disputar o controle da penitenciária e o privilégio de ser servido pelo carismático cozinheiro.

    A direção surpreende o espectador ao não focar suas atenções em Raimundo Nonato (personagem protogonista do primeiro filme) mas sim, em um novo personagem. Algo que pode desagradar alguns fãs, mas aqueles que permanecerem de mente aberta, podem se agradar com a nova proposta. A coprodução feita em parceria com a Itália, usa de uma narrativa fragmentada, para mostrar o presente e o passado do novo protagonista, apresentando ao público os tortuosos caminhos que levaram o dono de um restaurante brasileiro no sul da Itália a se tornar o poderoso chefe da máfia italiana. A ideia, não é novidade e já foi usada no primeiro filme e funciona bem neste novo capítulo. Porém em paralelo a isso, o roteiro escrito pelo trio composto por Bernardo Rennó, Lusa Silvestre (O Roubo da Taça) e pelo diretor, também tenta mostrar como está a vida de Raimundo Nonato na cadeia e como é a sua relação com o novo personagem. Por mais que a ideia, seja interessante, o resultado não é satisfatório e a história fica com alguns furos e inchada. A trama flui muito mais quando foca suas atenções na história principal e acaba não conseguindo dar o destaque merecido ao personagem vivido por João Miguel (Xingu), transformando ele em um coadjuvante de luxo durante os 131 minutos.

    A trama fragmentada é beneficiada pela excelente montagem, que não só dá dinamicidade a história como deixa o espectador sempre atento, afinal de contas o uso de elipses temporais pode confundir quem não assistir a produção com a devida atenção. Os momentos de tensão que no primeiro filme tendiam para o terror/suspense, são substituídos por uma ação bastante violenta, algo típico de filmes do gênero, o que enerva o espectador, ao mostrar algumas situações para lá de tensas acontecendo paralelamente uma a outra.

    A fotografia e o som são outros elementos técnicos que merecem destaque. Junto a isso é necessário elogiar o incrível elenco do filme que atua em sintonia, dando espaço para que todos brilhem. Porém o filme, pertence a Nicola Siri (A Voz do Silêncio), o ator cria uma persona carismática e perigosa, mostrando uma dualidade crescente que se justificada por tudo que o personagem passa nesta história.

    Estômago 2: O Poderoso Chef é um verdadeiro banquete, que tem como prato principal a ótima atuação de Nicola Siri. Assista e se deleite com o retorno a este universo gastronômico visceral criado pelo diretor Marcos Jorge e cia.

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    ANÁLISE GERAL
    NOTA
    Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: hiccaro.rodrigues@estacaonerd.com
    critica-estomago-2-o-poderoso-chef Estômago estreou nos cinemas no ano de 2007, sendo um dos melhores filmes daquele ano. A produção dirigida por Marcos Jorge (Mundo Cão) apresentou a história de Raimundo Nonato, um nordestino ingênuo e valente que veio para São Paulo "vencer na vida" mas acabou...
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