Em 1961, no auge da corrida espacial da Guerra Fria, os Estados Unidos sofrem um extremo apartheid e as estrelas tratadas no filme surgem para debater esse tema. Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe) são cientistas que trabalham para a NASA e têm, diariamente, suas capacidades postas à prova só por serem mulheres e negras.
O plot principal do filme é a crítica social em relação à época; e o faz muito bem. Provavelmente, quem assistir ao filme não tenha consciência de como era a vida dos negros naquela época e o longa tem uma intenção não só incentivador, mas também muito educativo.
O mais lindo de se ver é o desenvolvimento da trama. Ela se inicia contando apenas a história das colegas, o seu dia-a-dia e a luta para cada uma ter o seu espaço na NASA. Se já estava bonito de se ver isso, após um marcante acontecimento as personagens explodem talento e auto-afirmação, ganhando um desfecho emocionante.
A atuação das protagonistas é incrível. Taraji, Octavia e Janelle têm uma química e dinâmica incríveis entre elas. Além disso, o roteiro também fortalece suas interações, criando personagens muito cativantes e felizes com o que fazem (independente de toda a segregação). Talvez o grande problema de atuação seja do papel do cômico Sheldon Cooper Jim Parsons, que faz exatamente o mesmo trabalho de The Big Bang Theory, não saindo do seu personagem. Para quem esperava um pouco mais dele, foi decepcionante.
A trilha sonora do filme é linda. Responsabilidade do músico Pharrell Williams, insere o expectador perfeitamente no momento vivido, conseguindo expressar cada acentuação seja positiva ou negativa da narrativa. Apesar de discreta, a direção (Theodore Melfi) faz muito bem o seu papel e cria um filme memorável.
Misturando beleza e tristeza; dificuldades e superações; ofuscadas e estrelas, Hidden Figures (título em inglês) não é um filme para deixar passar sem assistí-lo.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=wx3PVtrU-Os?rel=0]