qua, 24 abril 2024

Crítica | Eu Me Importo

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“Eu Me Importo” traz Rosamund Pike interpretando Marla, uma guardiã profissional, que através da autorização do Estado, passa a cuidar da vida, e dos bens, de idosos tidos como incapazes. Uma excelente golpista que, assim que assume o poder legal, toma todos esses bens para si.

Dificilmente conseguimos separar a imagem de Rosamund da “Garota Exemplar”. Parece que Marla é uma espécie de evolução da personagem anterior, já que a Pike tem um dom único de despertar sentimentos negativos nos espectadores. 

No primeiro ato do filme vemos Marla e sua companheira Fran (Eiza Gonzáles – Em Ritmo de Fuga) aplicando golpes e se dando muito bem com isso, até que encontram a que parece ser a vítima perfeita, Jennifer Peterson (Dianne Wiest – Footloose). 

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I CARE A LOT (L-R): EIZA GONZALEZ as FRAN, DIANNE WIEST as JENNIFER, ROSAMUND PIKE as MARLA. Credito: SEACIA PAVAO/NETFLIX 

Esse primeiro ato é bem dinâmico, com cortes rápidos e diálogos sagazes, além disso cria um mistério interessante sobre a ligação de Jennifer com Roman Lunyov (Peter Dinklage – Game Of Thrones), um misterioso mafioso. Infelizmente o personagem de Dinklage perde todo o carisma aí mesmo. 

Os dois próximos atos se resumem a uma caça de gato e rato cheia de furos e com justificativas tolas. Não há nenhum aprofundamento na personalidade dos personagens, nem diálogos interessantes, muito menos um climax. E o caso de Jennifer que parecia ser o centro da história se perde completamente em uma luta de “quem é mais corajoso”. 

Divulgação: Eu Me Importo – Netflix / Reprodução

Um dos pontos fortes do filme sem dúvidas é a Pike. Não há atriz melhor para viver uma personagem tão odiosa quanto a Marla. Infelizmente o personagem de Dinklage não fica na mesma altura da protagonista, um desperdício do talento do ator. Jennifer tinha tudo para ser uma ótima personagem, mas acaba ficando apagada por ser apenas o trunfo da chantagem de Marla. 

O filme mistura diferentes estilos, os cortes e ângulos que lembram comédias de ação como “Onze Homens e Um Segredo” (como o próprio trailer vendeu o filme), com algumas cenas de drama e thriller. O que poderia ser “personalidade” parece mais uma bagunça da edição.

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Bruna Carvalhohttp://estacaonerd.com
Ainda esperando minha carta de Hogwarts, mesmo sabendo que a resposta é 42. Desejo vida longa e próspera e que a força esteja com vocês!
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