qua, 24 abril 2024

Crítica | Eu Sou Mais Eu

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A internet no Brasil ganhou força somente nos anos 2000, possibilitando assim o acesso e a produção de vários conteúdos, e com isso o nascimento dos youtubers. Estes por sua vez invadiram recentemente o mundo do cinema com filmes pra lá de duvidosos como: Internet – O Filme e Eu Fico Loko, ambos de 2017. O mais novo lançamento dessa leva é Eu Sou Mais Eu novo filme da youtuber, atriz, cantora, etc Kéfera.

Eu Sou Mais Eu nos apresenta a seguinte sinopse: a cantora pop Camilla Mendes (Kéfera), sucesso das paradas e figura narcisista que almeja apenas o poder e sucesso nas horas vagas, tem um encontro bizarro com uma fã que a transporta magicamente para o ano de 2004, quando ela era apenas uma adolescente desajeitada. Ao lado de seu amigo Cabeça (João Cortês), ela precisará encontrar uma forma de quebrar o feitiço e retornar ao futuro.

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Eu Sou Mais Eu tem um roteiro que não é muito criativo, basicamente ele é uma paródia de todos aqueles filmes de viagem no tempo que já vimos ao menos uma vez no cinema, o bacana é que o próprio filme assume essa identidade numa divertida cena. Isso faz com que essa colcha de referências à cultura pop funcione bem. A produção acerta na trilha sonora, que dá um tom leve para a história, nela temos desde de Mamonas Assassinas até o ritmo Ragatanga do Rouge. É uma versão sensacional de uma música da Pitty (cantada pela própria Kéfera), além de outros sucessos do ano 2000.

A direção de Pedro Amorim (SuperPai) possui altos e baixos. O diretor abusa de closes e cenas em câmera lenta que tiram o ritmo e só causam constrangimento ao invés de gargalhadas. Em outros momentos ele consegue compor alguns quadros agradáveis e interessantes em especial nas cenas musicais da trama. Porém o grande acerto do diretor e a escalação do seu elenco.

Kéfera Buchmann (É Fada) evoluiu muito como atriz, ela exagera na composição de sua Camila Mendes famosa soando como uma caricatura antipática de si mesma. Porém na versão adolescente a atriz encanta e diverte. Além disso ela se saí bem nos momentos  sensíveis da trama. João Cortêz está bem a vontade dando um show ao servir como ponte entre o presente e o passado da protagonista. A interação entre eles fluí naturalmente. O veterano Arthur Kohl mesmo com pouco tempo em cena brilha ao lado de Kéfera e tem com ela as melhores cenas do longa.

Eu Sou Mais Eu é um filme que deve agradar aos fãs de Kéfera Buchmann e aqueles que não são. Mesmo com falhas no roteiro o longa é divertido e possui um elenco carismático, além de uma trilha sonora nostálgica. Por fim o filme ainda trata sobre alguns temas bem pertinentes do nosso cotidiano como o Bullying com coragem e leveza.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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