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Início Críticas Crítica | Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile (Cinebiografia de Ted Bundy)

    Crítica | Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile (Cinebiografia de Ted Bundy)

    Zac Efron se torna Ted Bundy de uma forma incrível, cruel e bem trabalhada!

    Foto: Netflix/ Divulgação
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    Antes de assistir ao filme é extremamente importante você saber mais sobre quem foi Ted Bundy. O motivo não é apenas para se inteirar da história e não ficar perdido, mas para que este filme não lhe romantize com a vida daquele que foi um dos maiores serial killers americano.

    Bundy é um ser desprezível, que na década de 70 seduziu e matou ao menos 35 mulheres incluindo uma garota de 12 anos, das mais diversas e cruéis formas possíveis. A própria Netflix possui um documentário real sobre o mesmo – Conversando com um serial killer: Ted Bundy – que indico a todos antes de ver este filme!

    Com toda premissa feita, Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile (sem tradução nacional) – o filme foi lançado apenas na Netflix americana – é um filme muito fiel aos fatos, mas que, diferente do documentário, não mostra as mortes como foco, e sim, a vida de Ted Bundy (Zac Efron) e sua namorada Elizabeth Kendall  (Lily Collins), passando pelas suas prisões, fugas e julgamentos!

    Uma coisa que não imaginava dizer é que Zac Efron está esplêndido no papel. Além da semelhança física com Ted, as suas ações fazem que o espectador tenha empatia por Bundy, assim como na vida real. Como disse, Ted era um homem sedutor. A época de seu julgamento, diversas mulheres iam ao tribunal para vê-lo, a maioria incrédulas com sua culpa nos crimes, pois sua beleza e charme o favorecia na crença de que ele era inocente e incapaz de cometer crimes tão brutais. Crimes estes que ele negou veementemente até as vésperas de sua execução.

    Lily Collins que pra mim é um ótima atriz, encara neste filme talvez o seu papel mais difícil. Elizabeth Kendall foi a namorada de Ted Bundy por cerca de 7 anos. Alguém que era completamente apaixonada e enganada por ele, e que demorou a aceitar a natureza do assassino, mesmo o tendo denunciado três vezes por comportamento violento. Sua atuação é incrível.

    Uma surpresa nesse filme é vermos a atuação de Haley Joel Osment (O Sexto Sentido) como Jerry, colega de trabalho de Kendall, e que se torna seu namorado durante maior período prisional de Ted, antes de seu julgamento final. Apesar de discreta, sua atuação é direcionada e certeira.

    Não há muito o que dizer sobre o filme – principalmente ao se conhecer antes sobre a vida de Ted -, além que é uma obra muito fiel (apesar de beirar muito a glamourização dos fatos), e que mostra como as vezes a história pode ser mostrada por outra perspectiva, mas que os fatos nunca podem ser mudados. Mesmo assim, existe algo de hipnotizante em testemunhar o potencial humano para a maldade, isso se pensarmos no mal como uma privação do bem. É algo sombrio, perturbador e triste, ao mesmo tempo em que atrai o público à questão envolvendo outros crimes verdadeiros, como os desta história americana.

    Dirigido por Joe Berlinger e roteiro escrito por Michael Werwier, a produção ainda conta com John Malkovich, Jeffrey Donovan, Jim Parsons, Dylan Baker e Kaya Scodelario no elenco.

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