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    Crítica | Família

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    Uma história emocionante que retrata pessoas tentando criar uma “família”, superando diferenças de circunstâncias. Seiji Kamiya (Koji Yakusho) é um artesão que vive sozinho, trabalhando como ceramista. Quando seu filho Manabu retorna ao Japão para trabalhar com o pai, eles conhecem Marcos (Lucas Sagae), um jovem brasileiro que vive em um conjunto habitacional, onde sofre um acidente quando está fugindo de uma gangue. Esse grupo irá formar uma espécie de família, com a qual vão tentar superar juntos as diferenças do presente e as marcas do passado e conviver encontrando empatia e forças mútuas para seguir em frente. Essa é a sinopse de Família, novo filme do diretor Izuru Narushima (Renascimento).

    Família é um drama que trata sobre as relações de afeto que surgem entre pessoas que estão imersas em grandes diferenças culturais. O grupo apresentado na trama do filme de Narushima é o mais diverso e complexo possível: temos um artesão que vive sozinho, trabalhando com cerâmica, cuja mulher morreu há um tempo e que precisa lidar com seu filho que vive na Argélia que se casou “em segredo” com uma refugiada. Todos eles precisam lidar ainda com um jovem brasileiro que está fugindo de uma gangue. Esse mix cultural é apenas um dos elementos, que irá apresentar diversas lições sobre problemas que esse grupo tem no presente e no seu passado.

    Além de abordar as relações familiares de sangue e as diferenças entre gerações, a produção ainda consegue abordar muito o fenômeno da imigração e as consequências dela na vida do imigrante. A comunidade brasileira apresentada na história de início parece deslocada, mas com o tempo se torna um núcleo importante para a discussão de questões sociais e políticas.

    Além de um texto afiado, a produção conta ainda com um elenco sensacional. Koji Yakusho (Dias Perfeitos) e Ryô Yoshizawa (Tokyo Revengers) usam de sua experiência para criar personagens que são facilmente identificáveis em qualquer família. A química da relação entre pai e filho carrega a trama e o talento da dupla é o grande ponto do filme. A direção ainda consegue dar espaço para que os estreantes Lucas Sagae, Fadile Waked e Alan Shimada brilhem quando estão em cena.

    Por mais que seja perceptível, que a produção carece de investimento em algumas tomadas. A produção aposta suas fichas no seu roteiro e nas atuações do seu talentoso elenco e acerta nesse investimento. Além disso, a produção ainda possui uma fotografia linda, repleta de luz natural e que usa bastante de uma câmera estática afim de por o espectador como mais um membro dessa “família” que se forma durante a projeção.

    Família é um drama que ensina valiosas lições sobre convivência e, principalmente, sobre empatia pelo próximo. Este é um filme que irá tocar o coração de quem se propor a assistir essa pérola nos cinemas. Assista o quanto antes!

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    ANÁLISE GERAL
    NOTA
    Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: hiccaro.rodrigues@estacaonerd.com
    critica-familia Uma história emocionante que retrata pessoas tentando criar uma “família”, superando diferenças de circunstâncias. Seiji Kamiya (Koji Yakusho) é um artesão que vive sozinho, trabalhando como ceramista. Quando seu filho Manabu retorna ao Japão para trabalhar com o pai, eles conhecem Marcos (Lucas Sagae),...
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