sex, 26 abril 2024

Crítica | Fate: A Saga Winx

Publicidade

Fate: A Saga Winx chegou na Netflix causando muito alvoroço, principalmente por parte dos fãs da série animada Clube das Winx, exibido no Brasil nos anos 2000. Diferentemente da animação, a série da Netflix trouxe um tom muito menos colorido e mais maduro. 

A protagonista, Bloom (Abigail Cowen) chega em Alfea, uma escola no estilo internato, para aprender a controlar seus poderes com o elemento fogo depois de ter causado um acidente em casa. Bloom tem problemas com os pais por se sentir muito diferente da mãe e se sente muito culpada por tê-la machucado no acidente. 

Logo somos apresentados aos outros personagens que nos surpreendem por não caírem nos tradicionais estereótipos de séries teen. Além de cada fada ter seu poder, cada uma tem a sua personalidade e vão sendo construídas no decorrer da história. 

Publicidade
Reprodução: Netflix / Divulgação

Começando por Stella (Hannah van der Westhuysen), apresentada como a “bitch” da escola, que só se importa com a aparência e em se manter na posição de poder. Mas logo descobrimos que a aparência é tão importante para Stella por ela se sentir quebrada por dentro. Sua mãe, a Rainha Luna, está mais para “bruxa má” e parece estar envolvida em todos os eventos que assolam o mundo das fadas.

A Terra (Eliot Salt), seu nome já entrega suas habilidades, é praticamente o oposto de Stella, com inseguranças sobre a aparência, mas com muita segurança sobre a sua capacidade, além disso é uma excelente amiga para todas. Musa (Elisha Applebaum) aparenta ser a típica “esquisitona” que vive com o fone de ouvido pra não precisar conversar, mas isso é uma defesa já que seu poder é sentir as emoções dos outros. Aisha (Precious Mustapha), é a fada da água, colega de quarto de Bloom, ela é atleta, disciplinada, super organizada e a sincerona do rolê. 

Beatrix (Sadie Soverall) é uma das personagens mais misteriosas da série, não conhecemos seu passado e ela se mostra muito mais sábia e habilidosa do que os outros estudantes de Alfea. Toda vez que criamos uma opinião sobre ela, algo é revelado e mudamos de ideia. Seu envolvimento com o “bad boy” Riven (Freddie Thorp) foi um pouco forçado, sem um motivo que justificasse, mas foi um recurso narrativo que o expectador acaba nem se importando diante de todo o mistério da personagem.

Nem todos os personagens foram tão explorados nesta primeira temporada, o que é normal quando se trata de um grupo grande, mas vimos que todas as atitudes dos personagens sempre têm um motivo que seja coerente com seus valores e suas personalidades. Até mesmo quando a Aisha acaba entregando as amigas, nós podemos entender que é por seu estilo de vida disciplinado de atleta que coloca a sinceridade e o respeito aos mestres como prioridade. 

Fate: The Winx Club Saga Season 1. Abigail Cowen as Bloom in Fate: The Winx Club Saga Season 1. Cr. Jonathan Hession/NETFLIX © 2020

A Bloom é uma protagonista cativante, ela possui muitas questões e precisa de respostas. Ela descobre que é uma “trocada”, quando uma fada é enviada ao Primeiro Mundo e trocada com um bebê humano. Então tudo o que ela quer saber é o motivo dessa troca e porque seus poderes são tão fortes a ponto dela não conseguir controlá-los. Claro que a busca por respostas acaba metendo ela em confusões muito maiores e que envolvem pessoas poderosas de Alfea. No final das contas vemos que todas essas confusões seriam evitadas com um pouco de conversa, então mesmo a busca da Bloom sendo legítima e convincente, a trama acaba sendo um pouco repetitiva.

Vemos um pouco do dia a dia da escola, como aulas, refeitório e festas, muitas festas. Os cenários da série são muito bonitos, todas as salas possuem muitos detalhes, há jardins com labirintos e várias cenas na floresta. Toda a produção é muito bem feita. Os efeitos são bons, em comparação com outras séries do mesmo nicho. Nessas outras séries os protagonistas geralmente precisam evitar o fim do mundo ao enfrentar um vilão que sempre é poderoso o suficiente para destruir a vida na Terra, mas não a ponto de vencer os protagonistas, situações muito impossíveis. Aqui em Fate a ameaça são os Queimados, criaturas humanoides que haviam sido extintas, mas começam a aparecer em bandos. Ou seja, o desafio é um degrau no crescimento das personagens que servirá para deixa-las ainda mais fortes!

Publicidade
Fate: The Winx Club Saga Season 1. Freddie Thorp as Riven, Danny Griffin as Sky in Fate: The Winx Club Saga Season 1. Cr. Jonathan Hession/NETFLIX © 2020

Fate: A Saga Winx soube desenvolver as personagens muito bem, a química entre os atores é ótima, o arco da protagonista foi muito bem desenvolvido mesmo tendo um triângulo amoroso um pouco forçado.

Por enquanto conhecemos pouco do universo de Fate, mas tem potencial para ser muito mais explorado. Ficamos com vontade de ver mais aulas, conhecer os outros mundos e criaturas. Agora ficamos no aguardo da Netflix anunciar a renovação.

Fate: A Saga Winx está disponível na Netflix. Confira o trailer:

Publicidade

Publicidade

Destaque

Crítica | Garotos Detetives Mortos (Dead Boy Detectives)

Se você está sendo atormentado por espíritos indesejáveis ou...

Crítica | Xógum: A Gloriosa Saga do Japão

Você já se perguntou como marinheiros famintos e enfraquecidos...

Crítica | Plano 75

Ambientado em um Japão distópico, Plano 75 (Plan 75...

Crítica | Contra o Mundo

Uma crítica cinematográfica se desenvolve geralmente em torno de...
Bruna Carvalho
Bruna Carvalhohttp://estacaonerd.com
Ainda esperando minha carta de Hogwarts, mesmo sabendo que a resposta é 42. Desejo vida longa e próspera e que a força esteja com vocês!
Fate: A Saga Winx chegou na Netflix causando muito alvoroço, principalmente por parte dos fãs da série animada Clube das Winx, exibido no Brasil nos anos 2000. Diferentemente da animação, a série da Netflix trouxe um tom muito menos colorido e mais maduro.  A protagonista,...Crítica | Fate: A Saga Winx