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    Crítica | Filhos do Ódio

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    Se tem uma coisa que temos certeza é de que Spike Lee não brinca em serviço quando é pra falar de pautas raciais. E é com essa pauta que eles trás o filme “Filhos do Ódio”. Um jovem branco do Alabama com um avô adepto da Klu Klux Klan pode lutar por liberdade racial? É nessa obra baseada em fatos reais que mergulharemos. Confira abaixo a crítica de Filhos do Ódio.

    Divulgação/ Synapse | Filhos do Ódio

    Nela, Lucas Till interpreta o jovem universitário Bob Zellner, que vive envolto em uma sociedade extremamente racista da década de 1960, na pequena cidade de Montgomery. Ali, ainda borbulham os movimentos supremacistas brancos como a KKK (Klu Klux Klan) e em meio a isso tudo, ocorre a Freedom Ride, que era o movimento dos ativistas negros para que a segregação racial não existisse. Ela consistia em uma viagem interestadual de Washington D.C. a Nova Orleans para assegurar que os negros também tivessem o direito de viajar nesses ônibus. Porém, para completar a viagem deveriam passar por Mississipi, o estado sulista mais racista dos EUA até então.

    O filme consegue trazer a atmosfera de como era essa situação toda de uma maneira muito responsável e com uma mensagem por trás da obra biográfica, mostrando que os brancos podem sim somar à causa, porém devem estar preparados para entender as consequências.

    Em diversos momentos somos apresentados aos fatores externos que podem fazer com que Bob desista da causa, “poxa, mas não é comigo”, “quando eu saio na rua não sou eu quem apanho” e ao mesmo tempo nos damos conta de que Bob entende que a cor não deve tirar os direitos de ninguém e utiliza o seu benefício em prol daquela luta. É importante dizer que Bob, no auge dos seus 82 anos hoje, ainda luta pelos direitos civis nos EUA e é muito ativo nas políticas do Alabama.

    Divulgação/Synapse | Filhos do Ódio

    Apesar de ser uma história real, Spike Lee se aproveita bastante das cenas e cria situações de muita tensão, com câmeras mais fechadas em momentos de claustrofobia para que nos sintamos imersos em um ambiente opressivo. Até as imagens externas nos deixam angustiados, com destaque para um slow motion utilizado em um momento muito crucial, onde podemos ver o deleite dos brancos em embate com os negros nas ruas. É o momento em que o racismo puro e cru daquela época (só daquela época?) é revelado.

    É um filme muito importante para mostrar que a luta não se faz só e que há necessidade imediata de mudança. É estranho pensar que os atos retratados ali se passaram a tantos anos, mas ainda estamos aqui tendo que falar disso, não em tom de “ficou para trás”, mas sim em tom de protesto e alerta, assim como esses jovens negros da década de 60 saíam às ruas, em tom de protesto e alerta pelos seus direitos.

    O filme está disponível para compra e aluguel em plataformas digitais (Claro Now, Vivo Play, Sky Play, iTunes/Apple Tv, Google Play e YouTube Filmes).

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