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Início Críticas Crítica | Finch (Bios)

    Crítica | Finch (Bios)

    Apple TV+/ Divulgação
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    Um desastre mundial acabou com a civilização humana e transformou o planeta em um grande deserto assolado por tempestades de areia. Em meio a esse cenário, um homem tenta sobreviver contando com a companhia de seu cachorro e com a ajuda de um robô. Essa é a trama de Finch, filme estrelado por Tom Hanks que seria lançado nos cinemas em 2021, mas por causa da pandemia de Covid-19, acabou tendo seu lançamento alterado e chegou apenas no streaming da Apple TV+.

    Apple TV+/ Divulgação

    Filmes com Tom Hanks (Relatos do Mundo), são obras que vemos com uma certa segurança. Afinal, temos em cena um dos grandes atores de Hollywood que sempre procura associar seu nome a projetos bons. Finch não é uma exceção a essa regra. Mas ele está longe de ser marcante ou espetacular. A ficção pós-apocalíptica, funciona mais como um road movie, que usa a situação como pano de fundo, para apresentar diversas lições fofas sobre a vida. Neste filme vemos Hanks novamente apresentando sua “habilidade” de interagir e se envolver emocionalmente com seres inanimados. Saí de cena o marcante Wilson de Náufrago e entra em cena um robô que fala, aprende e evoluí. A trama começa mostrando o mundo devastado, como e o que aconteceu não são explicados de início, mas com o tempo descobrimos que uma erupção solar destruiu a camada de ozônio e com isso a maioria da vida humana, animal e vegetal da Terra também foi extinta por causa da radiação ultravioleta. O personagem de Hanks é um engenheiro solitário que conseguiu sobreviver junto com seu cachorro e com um pequeno robô. A trama inicia mesmo quando uma grande tempestade está para chegar e Finch precisa sair de onde vive. Para fazer isso, ele decide construir um robô maior que tem como principal missão cuidar do cachorro quando ele morrer.

    O robô vivido por Caleb Landry Jones (X-Men: Primeira Classe) é impressionante. Desde da captura de movimentos até a voz são apresentados de modo meticuloso e podemos ver a evolução dos movimentos da máquina conforme ela se torna mais “humana”. O trabalho de efeitos visuais e do ator são excelentes. O mesmo não se pode dizer das tempestades feitas em CGI e de outros efeitos apresentados, que deixam a desejar. A direção de Miguel Sapochnik (Game Of Thrones) foca o tempo todo na relação entre Finch e o robô, nos diálogos e nas paisagens pela quais eles passam, sem muito esforço – mesmo com o protagonista dizendo que existem vários perigos – quase nunca tememos pela vida da dupla e os desafios que eles encaram servem mais para ensinar lições. O roteiro tem como grande percalço os seus diálogos, que sempre apostam na ternura e raramente aborda temas mais pesados, mesmo quando situações determinadas acontecem, o que é uma pena.

    A fotografia de Jo Willems (Operação Red Sparrow) é deslumbrante e consegue mostrar paisagens devastadas de um modo estonteante. O grande problema da trama é o roteiro que nunca desenvolve desafios ou situações que tragam tensão ou até mesmo grandes emoções. Hanks dá o seu melhor e consegue com maestria carregar o filme nas costas, sendo o responsável pelo filme nunca cair no marasmo, outro ator no seu lugar não conseguiria dar peso a situações, como ele consegue.

    Finch é uma produção previsível e que tem como seu ponto alto as atuações de Caleb Landry Jones e Tom Hanks. Assista para ver Hanks em ação, em um filme que tinha potencial para ser maior do que é.

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