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Início Críticas Crítica | Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História

    Crítica | Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História

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    Atualmente muito se fala sobre fórmulas usadas a exaustão em filmes de super-herói, porém, ainda, pouco se comenta acerca de outro subgênero que também tem abusado de moldes genéricos: os dramas corporativos de grandes marcas prestes a lançar seu produto mais famoso. Só no começo desse ano já pelo menos outros três filmes já trataram desse assunto, são eles: “Air” (da Nike), “Tetris” e “Blackberry” e nenhum deles subverte as convenções do gênero, no entanto “Flamin’ Hot” é sem sombra de dúvidas o menos inventivo entre todos.


    É verdade que se deve analisar uma obra pelo que ela apresenta e não em comparação com outros filmes, o problema reside no fato de que esse projeto não oferece nada de inovador ou cativante. O formato adotado é tão padrão que a sensação é de estar lendo uma página da wikepedia sobre os fatos narrados. Elementos extratextual como edição e trilha sonora – tão importantes para o audiovisual – poderiam ser utilizados para enriquecer o projeto, mas por serem mal aproveitados, fazem com que a cadeia de eventos se de desenvolva de forma monótona.


    O filme segue Richard Montañez (Jesse Garcia – AmbuLAnce), um imigrante mexicano que, após o nascimento dos filhos, decide procurar emprego na fábrica Frito Lay, responsável pelos salgadinhos Cheetos, na tentativa de ganhar uma fonte de renda honesta e longe da criminalidade, lá ele conhece Clarence C. Baker (Dennis Haysbert – Heat) que servirá como espécie de mentor durante sua jornada na empresa – beirando perigosamente o estereótipo do “Negro Mágico” que só aparece na história para facilitar a ascensão do protagonista.

    Desde o início é fácil simpatizar com Montañez e, por conseguinte, torcer pelo seu sucesso, somos apresentados ao personagem ainda criança quando já perceptível seu talento para vendas, incialmente comercializando burritos para seus colegas de escola e depois de adulto passando para o tráfico de entorpecentes. Trata-se, basicamente, de mais um longa com a premissa batida de “pessoa humilde enfrenta com bom humor as adversidades até encontrar uma oportunidade de ouro”.


    Durante o ato inicial é até divertido seguir essas pessoas, principalmente Judy, a esposa de Montañez, vivida por Annie Gonzalez. Contudo, com o decorrer do tempo, apenas o carisma dos personagens não é suficiente para prender a nossa atenção e a experiência começa a se tornar gradualmente mais enfadonha, até chegar no terceiro e último ato e perder qualquer traço de charme que existia no começo para dar lugar a uma cafonice excessivamente sentimentalista, culminando em um encerramento tão piegas que só faltou narrar “e eles viveram felizes para sempre”, apesar de chegar bem próximo disso.


    A ideia de adicionar tempero a uma fórmula foi o diferencial na vida do protagonista, uma pena que a diretora, Eva Longoria, não tenha tido a mesma perspicácia ao realizar esse filme.

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