seg, 23 dezembro 2024

Crítica | Ghostbusters: Apocalipse de Gelo

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Em 2021, Ghostbusters: Mais Além teve seu retorno ao cinemas combinando nostalgia e uma apresentação de uma nova geração para o público. Por mais que fosse limitado, conseguiu unir uma tendência dos blockbusters surgida dos anos 2010 pra cá, combinando uma nostalgia como base de todo o filme Agora, os caça fantasmas retornam novamente para os cinemas, mas será que existe algum propósito?

A família Spengler retorna ao icônico quartel de Nova York, onde os Caça-Fantasmas originais atuaram em seus anos de glória. Quando a descoberta de um artefato antigo desencadeia uma força maligna, novos e antigos Caça-Fantasmas precisam se unir para proteger seu lar e salvar o mundo de uma segunda era glacial.

Enquanto o longa de 2021 se baseava mais na nostalgia honesta, Apocalipse de Gelo apresenta uma confusão quanto sua narrativa, mesclando a nostalgia á uma passagem de bastão que nunca é propriamente executada. E com essa decisão, o longa acaba se tornando vazio quando suas decisões. E outro problema: a quantidade maçante de personagens, é uma união quanto personagens sagrados da franquia, os apresentados anteriormente e os novos deste filme! É algo que acaba se tornando imprescindível para não desenvolver quase nenhuma figura do filme. Você acaba até se esquecendo da existência de vários.

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O longa apresenta essa ideia de uma ameaça perigosa e um clima de apocalipse instaurada pela cidade de Nova Iorque, porém o uso tanto da figura maligna quanto da sensação de perigo iminente é pra lá de genérica. O visual do vilão acaba voltado mais pra um Slender do gelo do que uma figura mitológica. E o confronto com a criatura acaba que desmerecendo a criatividade que essa franquia já apresentou em construir batalhas finais, resolvendo tudo em um cenário pífio e montagens com tela verde. Por mais que pareça uma bomba ao apresentar esses fatores, o longa acaba mais medíocre do que propriamente ruim.

Isso muito por conta do ótimo elenco que está em mão. A química entre muito deles faz com que o carisma consiga disfarçar os diversos defeitos do filme. A personagem Phoebe Spengler traz um arco até bonito de se acompanhar com a figura fantasmagórica de Melody. É um clássico sessão da tarde que pode acabar divertido de assistir se não houver muita exigência do telespectador.

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo é uma prova honesta de uma franquia que realmente não tem o que acrescentar para o cinema nos dias de hoje. Entre ficar nessa eterna transição do velho pro novo, é melhor escolher rever os antigos filmes e celebrar a criatividade e nostalgia pura dos anos 80. E quem sabe, utilizar esses 100 milhões para produzir um filme com pessoas mais criativas e com trabalhos originais para o cinema atual.

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