seg, 23 dezembro 2024

Crítica | Good Omens (2° Temporada)

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Fazendo o retorno da dupla Michael Sheen e David Tennant como o anjo Aziraphale e o demônio Crowley respectivamente, Good Omens retorna para uma segunda temporada. A produção que, de início foi apresentada apenas como uma mini-série em 2019, adapta o livro do icônico autor Neil Gaiman, que também faz parte da produção da série. Com o anúncio do segundo ano da série, uma dúvida que ficou no ar foi sobre qual seria a trama do retorno dos personagens, visto que a primeira temporada adaptou completamente a obra original. 

No segundo ano de Good Omens, nos deparamos com o mistério de como o arcanjo Gabriel, vivido por Jon Hamm, desapareceu do céu e acabou na loja de Aziraphale, sem saber quem ele é ou como chegou lá. As forças do céu e do inferno logo convergem, tentando usar Gabriel para seus próprios fins. Com isso, Aziraphale e Crowley buscam resolver esse mistério e conseguir devolver o arcanjo para o seu devido lugar. 

David Tennant (Crowley), Michael Sheen (Aziraphale)

Um retorno que não é só bem-vindo mas extremamente agradável é todo o clima de humor britânico presente na série misturada com a parceria dos dois protagonistas. Sheen e Tennant continuam sendo um ótimo elenco para serem o foco da trama central, um anjo nervoso que virou dono de uma livraria e um presunçoso desmiolado ostentando um jeito inesperado com as plantas. A parceria dos dois desperta calor e alegria genuína no espectador.

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Nesta parceria também encontramos uma evolução natural dos temas do primeiro ano da série. Enquanto na temporada 1 muito se discutia o que tornava algo bom ou mau, a segunda temporada traz um ar mais sarcástico e mórbido para a suposta bondade absoluta. Ao longo dos episódios o espectador é convidado a se questionar as nuances morais que levam uma pessoa a ser boa ou má. Uma profundidade pouco vista anteriormente é quando Aziraphale é confrontado com as realidades sociais que levam seres humanos a cometerem atos considerados malignos. 

Good Omens retorna com o clima charmoso e caloroso do seu primeiro ano com uma trama que é inédita não apenas para os que não leram a obra original, e sim para todos os fãs. É sempre um prazer assistir a interação que explode de química entre Sheen e Tennant, enquanto isso os temas da séries evoluem se aprofundando ainda mais nas nuances que foram apresentadas no ano anterior. Com isso, os primeiros 5 episódios do retorno tão esperado é mais do que satisfatório mas também cria confiança de que poderíamos assistir as aventuras sarcásticas e ácidas de Aziraphale e Crowley por muitos mais anos. 

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