seg, 23 dezembro 2024

Crítica | Hacks

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Medíocres. Hacks, em sua adaptação brasileira, recebeu esse nome e realmente, essa é a palavra que podemos usar para descrever, pelo menos a sua segunda temporada. Hacks conta a história de Deborah Vance (Jean Smart), uma comediante pioneira que tem seu principal contrato ameaçado por estar sendo vista como ultrapassada e decadente. Deborah então se vê obrigada a contratar uma roteirista, e é então que Ava Daniels (Hannah Schwier) cruza seu caminho. A jovem Ava também está tendo sua carreira ameaçada após fazer uma piada (ou talvez uma série delas) que foi vista como inconveniente. Sem outras opções, Deborah e Ava se veem obrigadas a trabalhar juntas.

IMAGES FROM SEASON 2 OF HACKS. PHOTOS BY Karen Ballard

Os conflitos da série giram em torno da dificuldade de Deborah em lidar com Ava, a quem julga indisciplinada, inexperiente e incapaz de conduzir o seu show, e a dificuldade de Ava em lidar com Deborah, que se mostra uma pessoa fria, arrogante e ultrapassada. Ao decorrer da série, Deborah começa a se dar conta dos erros que cometeu ao decorrer de sua vida e a criar mais humanidade ao lidar com os outros. Já Ava também amadurece seu pensamento, além de ajudar Deborah em seu processo.

A segunda temporada, assim como a primeira segue o mesmo argumento. O problema é: a série, que transita entre a comédia, o drama e o romance, não consegue atingir a excelência em nada que se propõe a fazer. O humor é medíocre, o drama é completamente medíocre – por mais que seja levemente agradável ver a evolução emocional dos personagens -, e o romance ainda também é medíocre.

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Lembrando que a mediocridade não implica em que algo seja ruim, mas implica em que tal coisa seja tão imemorável e sem destaque em nada que se torna um “tanto faz”. 

O roteiro todo por mais que bem feito é completamente previsível, contendo pequenas reviravoltas que também são revertidas com muita facilidade ou simplesmente deixadas de lado. As piadas raramente te arrancam um riso ou até mesmo um esboço. 

Com certeza o ponto forte da produção é a profundidade dos personagens e de seu desenvolvimento, que tem cada um de seus atos nitidamente calculados e com coerência à sua personalidade e história.

Talvez o melhor fosse deixar Hacks como uma série de temporada única, ao invés de abrir novos problemas nos últimos 5 minutos da primeira temporada, para que houvesse uma segunda.

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