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    Crítica | Harold e o Lápis Mágico

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    Harold e o Lápis Mágico conta a história de Harold (Zachary Levi) um personagem aventureiro dentro dos livros que faz parte. Lá, com seu lápis mágico, ele tem o poder de desenhar as coisas e elas ganharem vida. Certo dia, já crescido, ele tem a ideia de desenhar uma saída da terra da imaginação para o mundo real. Ao lado de amigos, o desenhista vai descobrir que imaginar, fora da ficção, também pode ser muito divertido. Porém, nem tudo é como Harold imagina e ele ainda tem muito o que aprender com a realidade.

    A produção tem direção de Carlos Saldanha (A Era do Gelo) que de início conta uma história muito bem feita, criativa e fluida. Os problemas começam quando Saldanha tira os personagens do seu habitat e os leva para o mundo real. O modo como essa transição ocorre é totalmente forçada e nada lúdica. A trama criada pelo roteiro da dupla: Michael Handelman (O Ex-Namorado da Minha Mulher) e David Guion (Um Jantar para Idiotas) constroem uma história que deseja explorar as aventuras de “um peixe fora d’água”. O problema é que os personagens vividos por Zachary Levi (Shazam!), Tanya Reynolds (Sex Education) e Lil Rel Howery (Corra!) são inseridos em escolhas que nunca são justificadas ou fazem sentido. Exemplo: Por qual motivo os personagens que são animais viram humanos no mundo real? Por qual razão apenas um deles volta virar um animal, quando fica estressado? Essas situações e muitas outras nunca são bem desenvolvidas, o que atrapalha a diversão e imersão, em especial, a dos adultos.

    Além disso, a direção faz o básico na construção de planos e aposta muito na interação do seu elenco para conquistar o público. Um problema é que o desenvolvimento da história pode ser telegrafado de longe, e o outro é que a torcida para que as interpretações entreguem carisma e ENCANTEM o público, não funciona. As performances do trio principal são de uma nota só, e Levi e companhia não conseguem tornar divertida ou tocante nenhuma situação apresentada. Os dois primeiros atos são sem nexos, forçados e com poucas ideias que realmente consigam entreter, porém no terço final a história melhora bastante. Até os efeitos especiais, que são razoáveis (com exceção da casquinha de sorvete totalmente digital), melhoram absurdamente e mostram que houve investimentos para concluir a história de modo épico. O problema é que uma história precisa ter um início, meio e fim, e este projeto carece dos dois primeiros.

    Harold e o Lápis Mágico é uma produção que tem como mensagem a exploração da criatividade. Porém, Saldanha e companhia esbarram em diversas limitações é a criatividade que deveria ser o norte da produção é inexistente e não existe lápis mágico no mundo que salve essa produção do lugar comum.

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    ANÁLISE GERAL
    NOTA
    Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: hiccaro.rodrigues@estacaonerd.com
    critica-harold-e-o-lapis-magico Harold e o Lápis Mágico conta a história de Harold (Zachary Levi) um personagem aventureiro dentro dos livros que faz parte. Lá, com seu lápis mágico, ele tem o poder de desenhar as coisas e elas ganharem vida. Certo dia, já crescido, ele tem...
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