seg, 16 setembro 2024

Crítica | Hellboy e o Homem Torto

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Hellboy e o Homem Torto é um filme feito de uma maneira bastante “burra”, ele apresenta ideias interessantes quanto o tom que quer levar com o personagens, mais voltado aos quadrinhos originais, porém tudo é anulado por decisões ruins quanto o orçamento e não ter uma narrativa de fato construída. Com isso, acaba remetendo bastante aqueles filmes de fã para o YouTube, onde vemos uma série de cenas isoladas que funcionam, mas como uma história de fato é completamente nulo. Parece apenas homenagem.

Hellboy se une à Bobbie Jo Song, uma novata agente, para uma nova investigação nas Montanhas Apalaches. Lá, descobrem uma remota e assombrada comunidade dominada por bruxas, liderada pelo sinistro demônio local, conhecido como O Homem Torto.

O maior exemplo disso é logo a cena inicial onde é apresentado a forma que Hellboy e sua parceira foram parar na cidade central da história. Na fuga de uma das criaturas que precisavam transportar, uma aranha gigante, o efeito CGI dela é tão porco. Óbvio, vulgo de um orçamento baixo do filme, então o filme nem ao menos tenta mascarar isso ou arranjar alguma solução inteligente com sua limitação de dinheiro, como tantos filmes já fizeram. Esse exemplo revela a anti-imersão que este longa causa.

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E o início da investigação é até interessante, traz um clima sobrenatural à lá filme b de terror dos anos 70, com isso apresenta os problemas daquela região e algumas motivações dos personagens secundários. Porém o filme vai desandando com uma edição esquisita, com direito a bastante Fade out durante as cenas e passando essa ideia de filme de YouTube já mencionada antes. Conforme avança, mais ele se perde e vai se transformando em algo genérico de ação e resoluções porcas com esse misticismo que estava tentando ser criado.

O próprio visual do Hellboy varia bastante. Ele apresenta uma fidelidade seja pelos ombros caídos e uma postura mais magra comparada aos anteriores. Porém o filme meio que sabota ele ao procurar essa descolorização e rejeitar o vermelho vivo do personagem. Um tanto burro e covarde pra dizer a verdade.

É sempre bom imaginar esses projetos mais indies e voltados para a essência da obra no geral. Mas quando feito de má vontade e com um orçamento que queira ou não acaba prejudicando a obra, ainda mais se tratando de uma fantasia, não tem muito o que defender. O resultado é esse, um fã filme de YouTube, que beira entre cenas legais para Screenshots e um trabalho pouco inteligente envolvendo decisões quanto sua narrativa e lógica.

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