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    Crítica | Home Sweet Home Alone (Esqueceram de Mim no Lar Doce Lar)

    Imagem: Disney+/20th Century Studios.
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    Esqueceram de Mim é um clássico da comédia infantil eternizado pela Sessão da Tarde, que marcou a infância de muita gente. Os dois primeiros filmes da franquia foram dinâmicos, divertidos e levaram Macaulay Culkin ao estrelato. Muitas sequências aconteceram, sem o mesmo brilho. Em 2021, a Disney resolveu lançar, Home Sweet Home Alone, um reboot da obra no seu streaming. O resultado dessa decisão, você confere abaixo:

    Home Sweet Home Alone mantém o enredo básico da trama. A história segue focada em uma criança que é acidentalmente deixada para trás durante às férias de Natal e precisa defender sua casa de ladrões com de armadilhas criativas. A versão dirigida por Dan Mazer (Tirando o Atraso) tenta subverter a proposta do novo filme, mas se perde nas suas ideias e não consegue reviver os elementos-chave que tornaram essa simples trama em um sucesso de público nos anos 90.

    Claro que os tempos são outros, a tecnologia presente é outra e reviver tantos elementos seria impossível, mas o que vemos é um erro sucessível de ideias, que duvidam a todo tempo da capacidade cognitiva do espectador, afim de arrancar risadas de situações que não tem graça. O roteiro escrito pela dupla Mikey Day (O Halloween do Hubie) e Streeter Seidell (Pranked) escreve piadas ruins, situações absurdas demais até para a trama e acerta apenas na elaboração das armadilhas (algumas delas poderiam entrar para o catálogo de um futuro Jogos Mortais: Kids). Os personagens são apresentados e ficamos na dúvida em quem realmente é o vilão da trama. Seria o garoto ou os invasores? Essa proposta é realmente interessante, mas executada de modo pífio, pois no fim não torcemos por nenhum deles e as decisões tomadas por ambos é de uma estupidez sem limites. As melhores sacadas do roteiro se dão de modo singelo, como nas referências/easter eggs espalhadas pela história, na participação de um conhecido personagem da franquia que faz uma divertida revelação e quando o filme não se leva a sério, rindo de si mesmo. Isso acontece quando um personagem assiste um remake e diz “remakes nunca são tão bons quanto os originais”. Pena que essas situações acontecem poucas vezes.

    A trama ainda perde pontos na sua trama secundária, nos dois primeiros filmes da franquia tínhamos um enredo secundário que causava comoção pela reconciliação familiar que acontecia no terceiro ato. O reboot pouco se importa com isso e a conclusão não acontece de modo reconfortante. Ela acontece só porque precisa acontecer, sem mostrar consequências ou algum significado.

    O elenco principal tenta carregar a trama sem brilho e tediosa nas costas. Os destaques são Archie Yates (Jojo Rabbit) que demonstra alguma malícia nas suas atitudes feitas por pura insegurança e o casal de ladrões, Ellie Kemper (The Office) e Rob Delaney (Deadpool 2), que faz o que faz para proteger a sua família, sem nenhuma maldade aparente.

    Home Sweet Home Alone é um reboot desnecessário, quase uma ofensa para quem assistiu ao original e uma perca de tempo para quem não viu. A produção lançada no Disney+ é a prova de que a Disney também erra, para o nosso azar.

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