Invencível começou como uma produção que embarcou na mesma onda de séries como The Boys em que se baseava num universo de heróis mais violento, porém com um ar a mais de abordar o aspecto humano desses heróis e das pessoas em sua volta.
Na primeira metade da segunda temporada nos deparamos com um mundo em luto pós a tragédia que foi o embate da luta entre Omniman e Invencível, o trauma dos sobreviventes junto com o sentimento de culpa do protagonista dominaram os quatro primeiros episódios assim nos dando uma visão intimista de Mark Grayson. Na segunda metade temos uma resolução do herói, tendo que lidar com o luto ao mesmo tempo que novos desafios apareceram.
Os quatro últimos episódios da segunda temporada optou por seguir um caminho mais direto na sua trama, após acompanharmos os sentimentos mais sensíveis dos personagens, novos antagonistas surgiram para forçar o protagonista a seguir em frente mesmo que ele relute. A trama do multiverso, apesar de ter sido bastante divulgada como um carro chefe da temporada, teve um papel meio tímido, sendo limitada ao último episódio em que Mark se depara com o terror que sua força pode causar.
Invencível continua com uma narrativa bastante rica quando se trata em trazer o drama nos momentos certos, a série encontra um equilíbrio perfeito entre a ação superheroica e o melodrama juvenil que os protagonistas estão passando, a relação de Mark e Amber é tão brega e honesta que realmente soa como dois jovens adultos se encontrando e enfrentando os primeiros atritos de um relacionamento amoroso.
No fim, mais uma temporada se passa e mais uma vez somos maravilhados ao retornar a um mundo sincero, cheio de violência mas também cheio de sensibilidade genuína dentro de seus personagens e conflitos.