qua, 18 dezembro 2024

Crítica: Jogos Vorazes: A Esperança – O Final

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Jogos Vorazes: A Esperança – O Final, dirigido por Francis Lawrence, tem como o momento mais esperado a derrota da soberania e tirania de Snow (Donald Sutherland). Coin (Julianne Moore) lidera a distância as ações para rendição do presidente e proibi que Katniss (Jennifer Lawrence) participe. Entretanto, a impetuosidade característica da protagonista a faz decidir que Snow deve morrer pelas suas mãos e não mede esforços para alcançar esse objetivo.

Durante o filme é evidente a evolução de Peeta (Josh Hutcherson) e a forma como sua amada vai apreendendo a lidar com as mudanças do jovem padeiro, após ele ter sido vítima da Capital que usou teleguiadas para criar alucinações que despertam nele o desejo de matar Katniss. Gale (Liam Hemsworth) parece se distanciar cada vez mais da sua antiga companheira de caça, seu interesse por ela ainda é evidente, mas suas ações em prol do distrito 13 parece o ter transformado em uma pessoa hipócrita e quase sem nenhum escrúpulo. Seus planos de vingança contra a capital surgem com a mesma violência com a qual seu distrito foi destruído.

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A história surge como uma crítica a busca por direitos que vem forjada na máxima da lei do talião de Hamurabi, “olho por olho, dente por dente”. Gale e e Coin são os personagens que evidenciam essa referência e isso se torna nítido nos momentos finais da trama, deixando claro para Katniss que a tirania não está nos objetivos das ações, mas no processo de execução delas também. Coin que deseja unificar os distritos e destruir a soberania da capital não mede esforços para atingir esse objetivo, inclusive executa práticas semelhantes a de Snow.

Tudo isso me faz pensar ainda mais sobre filme como um ato político. Sim isso é ficção, mas quando vejo a obra de Suzanne Collins penso em uma realidade não tão distante de nós, onde os jogos e as mortes tem significados diferentes, mas o mesmo objetivo: a busca por poder.

Este último filme da saga retoma as sequências de ações que são bem construídas e conseguem aumentar a adrenalina do telespectador. Inclusive, arrisco a escrever que a baixa bilheteria da estreia tem como uma de suas causas a não realização dos jogos vorazes no filme anterior, que acabou resultando em um “esfriamento” do arco dramático, afastando o público dessa nova sequência, principalmente aqueles que não leram os livros.

No filme também é possível encontrar alguns erros de continuação, como o machucado no pescoço de Katniss nas primeiras cenas do filme. A garganta da garota em chamas aparece muito machucado na primeira cena, mas já na seguinte a maquiagem capricha demais e a protagonista parece ter tido uma recuperação espontânea.

Dramas significativos, como a perda de personagens importantes poderiam ter sido melhor construídos no filme, provocando uma comoção maior no telespectador. Entretanto, pouco vemos e estabelecemos laços com esses personagens, falha que vem acontecendo nas produções anteriores. O longa aqui deixa escapar uma oportunidade de marcar os fãs da saga.

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Uillian Magela
Uillian Magelahttps://estacaonerd.com
Co-Fundador do Estação Nerd. Palestrante, empreendedor e sith! No momento, criando meu sabre de luz para cortar a lua ao meio. A, SEMPRE escolha a pílula azul. Não faça como eu!