sex, 29 março 2024

Crítica | La La Land – COM SPOILERS

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Essa crítica contém alguns spoilers do filme! Leia por sua conta e risco!

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La La Land: Cantando Estações já entrou para história ao ganhar nas sete categorias que estava indicado no Globo de Ouro, e com isso se tornou o maior vencedor do prêmio, aumentando também a expectativa para ser indicado a diversas categorias no Oscar deste ano. Damien Chazelle (Whiplash: Em Busca da Perfeição) roteiriza e dirige o filme que conta a história de Mia (Emma Stone), uma garçonete que tem o sonho de se tornar atriz, e de Sebastian (Ryan Gosling) um pianista de jazz, que sonha em abrir um bar de jazz. O caminho dos dois é cruzado, dando inicio ao relacionamento deles, que mesmo sendo bonito, passa por provações, já que o sonho de cada um, começa a falar mais alto do que o amor pelo outro.

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O filme começa com um plano sequência musical, e nessa cena, Damien não só mostra que sabe muito bem o que está fazendo, como também mostra como será o filme: um musical com momentos divertidos, com movimentos de câmera, somado a uma bela direção de arte e fotografia. A cena de abertura é maravilhosa, e ela nem conta com seus protagonistas ainda, onde um de cada vez é inserido na história. Primeiro, acompanhamos Mia, mostrando como está a situação atual de sua vida, onde mora com amigas, que a incentivam a ir atrás de testes para seguir seu sonho de se tornar atriz. Após a apresentação de Mia, o filme volta no tempo para apresentar Sebastian, que passa por problemas financeiros, e aceita tocar piano no restaurante de Bill (J. K. Simmons), para tentar abrir seu próprio bar e salvar o Jazz. Nesse bar é onde Mia e Sebastian tem seu primeiro contato.

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O caminho do protagonista é cruzado novamente em uma festa, que após o termino dela, temos uma cena maravilhosa onde os protagonistas dançam e cantam, conseguindo ser uma cena tocante e emocionante. O relacionamento dos dois começa a fluir, e cada um incentiva o outro a conseguir alcançar seus sonhos. Porém, como em todo relacionamento, eles começam a passar por problemas; Sebastian começa a viajar muito, e Mia consegue um papel onde passará meses em Paris.

Ao longo de toda a narrativa, Damien conseguiu incorporar muito bem as canções em seu filme, conseguindo divertir e emocionar no ponto certo conforme o que era pedido na cena. O roteiro, além de encaixar as músicas com incrível maestria, consegue fugir de clichês de filmes do gênero, e também consegue passar a mensagem das cenas muitas vezes sem diálogos, apenas com planos e a trilha sonora. Deixando de lado a história, a construção das personagens é outra coisa maravilhosa, Mia e Sebastian vão te conquistando aos poucos, quando você percebe, está se emocionando e torcendo para que ambos conquistem seus sonhos e consigam ficar juntos.

Ryan Gosling (Dois Caras Legais, Drive) é um dos melhores atores da atualidade, tanto para drama quanto para comédia, e aqui ele prova isso, conseguindo ser engraçado, e quando necessário, passar a todo o drama que sua personagem carrega, some isso aos seus momentos de dança e canto. Emma Stone (Zumbilândia, Birdman) também mescla muito bem entre o drama e a comédia, e fez jus ao prêmio de melhor atriz recebido no Globo de Ouro, isso graças a cena que ela precisa dar o seu melhor para conseguir o papel do filme onde mudaria sua vida, toda essência da personagem é depositada ali, e seu monólogo vai se transformando em uma canção linda. J. K. Simmons já trabalhou com Damien em Whiplash, e aqui, sua personagem aparece em duas cenas; uma delas, J. K. faz a mesma coisa que fez em Whiplash, mas seu segundo momento, de poucos segundos, consegue ser um dos momentos mais cômicos do filme.

La Lá Land - Estação Nerd

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A mescla de gêneros é algo comum no cinema, mas conseguir juntar três gêneros e fazer todos eles funcionarem muito bem é algo difícil. La La Land consegue fazer isso, tendo momentos engraçados e hilários, e momentos dramáticos que comovem; e ainda tudo isso, emplacado por momentos musicais, que deixam os momentos mais maravilhosos ainda.
Damien acertou com certeza no roteiro e na direção, mas não é isso que se destaca nas partes técnicas. A direção de fotografia é boa, repleta de momentos onde a luz vai escurecendo aos poucos, mostrando os momentos das personagens com elas mesmas. Em suas ultimas cenas, Sebastian começa a tocar “City of Stars”, e a luz começa a fechar só nele ao mesmo tempo que a luz vai fechando em Mia no contra-plano, mostrando que essa é a música deles, e como a ligação entre eles é forte, quando estão juntos é só aquilo que importa. A direção de arte é outra coisa a parte, os figurinos com cores fortes que lembram filmes do Almodóvar, e cenários muito bem construídos, que lembram os antigos musicais de Gene Kelly (Cantando na Chuva).

La La Land: Cantando Estações é um filme maravilhoso, que será um dos destaques do Oscar assim como foi no Globo de Ouro. O filme é engraçado e tocante, e consegue passar mensagens de amor, esperança e sonhos. Mesclando temas muito bem em seu roteiro e criando sequências lindas, como os últimos momentos do filme, onde diversos momentos do filme são recriados mostrando como poderiam ser as coisas. Entre risos e choros, Damien Chazelle consegue criar um dos melhores musicais dos últimos anos, que com certeza já é um clássico contemporâneo.

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