qui, 25 abril 2024

Crítica | Lightyear

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Quando Toy Story foi lançado pela primeira vez em 1995, Andy ficou apaixonado por um brinquedo baseado em seu filme favorito chamado Buzz Lightyear. O mundo de Toy Story ganhará um novo olhar através de Lightyear. Considerado um épico da ficção científica. O filme é aguardado pelo público, apresentando o mundo e a origem de Buzz Lightyear como os fãs desejavam. Vemos o lendário patrulheiro espacial após sofrer um acidente em um planeta não-habitado a 4,2 milhões de anos-luz da Terra, ao lado de sua comandante e sua equipe. Todos ficam presos neste planeta e tentam seguir à vida, menos Buzz. Ele quer consertar o erro que ele fez ao destruir a nave.

Pixar/ Divulgação

Enquanto Buzz tenta encontrar um caminho de volta para casa, o patrulheiro precisará lidar com viagens no tempo, perdas e Zurg, uma presença maligna junto com seu exército de robôs, introduzido em Toy Story 2.

Não é a melhor história feita pela Pixar. Depois de um período em que algumas pessoas estavam reclamando que o estúdio estava fazendo muitas sequências (ou filmes “originais” que eram óbvias repetições das fórmulas do estúdio), eles realmente entregaram uma série de filmes muito diferentes e muito agradáveis ​​em sequência (Red: Crescer é Uma Fera, Lucas e Soul) – e Lightyear parece ser o oposto. Um roteiro batido e sem criatividade.

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Dirigido por Angus MacLane (Procurando Dory), Lightyear é uma aventura de ficção científica extravagante e estofada. Ele lembra todos os filmes clássicos que você esperaria – 2001: Uma Odisseia no Espaço, Guerra nas Estrelas e Jornada nas Estrelas – mas não possui nenhuma originalidade, sagacidade ou fonte de emoção que você esperaria de um filme da Pixar. Alguém hesitaria em chamar esse spin-off de terrível. Em vez disso, o filme encontra um conforto inquietante em ser mediano.

Lightyear, do ponto de vista visual, é excepcionalmente bem feito: as texturas são sentidas, o uso marcante das sombras desperta emoções profundas. Isso é de se esperar. Com um roteiro pouco desigual, Lightyear possui bons momentos. Temos a primeira personagem LGTBQIA+ da Pixar que foi introduzida de forma sutil e emocionante. A dupla do patrulheiro e melhor amiga é a comandante Alisha Hawthorne (Uzo Aduba) que ao longo das viagens de redenção do Buzz, se casa com uma mulher e tem um filho. Alisha foi responsável por colocar Sox (Peter Sohn), um gatinho robô terapêutico na vida do Buzz (será o novo personagem favorito que serve como alívio cômico do filme). Em poucos minutos em tela, as cenas do casal são emotivas e introduzem a neta da personagem que será uma grande parceira do Buzz em suas novas missões. 

Pixar/ Divulgação

A neta de Hawthorne, Izzy (Keke Palmer), agora é adulta, e ela, junto com o desajeitado Mo (Taika Waititi) e a ex-presidiária Darby (Dale Soules) estão planejando se infiltrar no navio de Zerg. Nenhum desses personagens é particularmente interessante. Eles são tópicos comuns destinados a ensinar às crianças a importância de encontrar coragem e transformar fraquezas percebidas em pontos fortes. Vimos esses obstáculos em desenhos muito melhores, e Lightyear não é um deles.

Tirando os personagens citados anteriormente, vemos nitidamente a figura do herói e sua trajetória de redenção.  Metade do roteiro é composto pela frase “é a minha culpa, EU tenho que consertar”. Como Woody, Hawthorne adora zombar do hábito egocêntrico e autoritário de Buzz de gravar registros de estrelas que ninguém jamais ouvirá. Na verdade, suas primeiras linhas, onde ele observa a composição do planeta, são quase palavra por palavra o que ele diz em Toy Story quando acorda no quarto de Andy.

A história batida reforça como é importante aproveitar o agora e que tudo é mais fácil quando estamos em grupo, principalmente se o trabalho for patrulhar um planeta desconhecida.  Buzz só tem a perder ao se colocar como figura orgulhosa que não aceita ajuda de ninguém ao tentar consertar erros que são inevitáveis.

Se você estiver procurando por um filme que evoca a imaginação da mesma forma que Toy Story fez, você ficará desapontado. Lightyear vai ao infinito, mas em nenhum lugar particularmente especial. O filme será lançado nos cinemas brasileiros no dia 16 de junho, permitindo que todos vejam o filme pelo qual Andy ficou tão apaixonado pelo Buzz.

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