seg, 23 dezembro 2024

Crítica | Lou (2022)

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Filmes com uma premissa já estabelecida no imaginário popular tendem a serem um sucesso mais garantido nos olhos de produtores que gostam de “jogar seguro”. Claro que essas premissas não vão ditar a qualidade final da obra, porém a ideia de atiçar um conforto já existente no telespectador com o familiar está ali. Seguindo esse pensamento, a Netflix lança seu mais novo filme Lou, o longa segue a premissa de uma mulher de idade avançada que tem um passado misterioso e precisa por em prática suas habilidades para ajudar uma jovem.

Um dos poucos destaques positivos de Lou talvez seja algumas pontuais cenas de ação, as coreografias de lutas conseguem ser eficazes e bem produzidas. Infelizmente isso não condiz com o resto da direção do filme, sente-se na narrativa uma falta de pulso por parte da direção de Anna Foerster.

Além dos problemas na direção, a própria trama e roteiro não são capazes de fluir de maneira natural ou coerente. Em muitos momentos do filme vemos elementos sendo estabelecidos apenas para serem esquecidos logo em seguida, a falta de qualquer conclusão que seja para esses elementos deixam toda a trama com um gosto amargo na boca de quem assiste.

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Sobre a protagonista, a questão mais positiva é a atuação surpreendente de Allison Janney, apesar do roteiro atrapalhado e uma direção tímida, Janney consegue entregar uma protagonista com bastante presença de tela, Lou é forte, sensível, atenciosa mas também  fechada e misteriosa. Todos esses trejeitos são puramente creditados a atuação, já que o roteiro muitas vezes tenta tornar a personagem mais complexa do que precisa ser e assim causando em mais confusão na trama.

Lou parece um filme feito sem vontade. Tendo um dois momentos sinceros e competentes ao longo de toda a obra, observa-se que ele segue o padrão de produções da Netflix que produzem mídia apenas pela ideia da premissa, nunca desenvolvendo além da ideia geral da mesma.

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