qua, 25 junho 2025

Crítica | M3GAN 2.0

Publicidade

Quando lançou em 2022, ‘M3GAN’ foi um sucesso absoluto de bilheteria, chegando a arrecadar mais de $180 milhões de dólares e sendo muito comentado entre o público, com muitas comparações feitas entre a história da boneca de Cady e a franquia de sucesso ‘Brinquedo Assassino’. Com o sucesso evidente, a Blumhouse não pensou duas vezes em fazer uma sequência. O diretor Gerard Johnstone volta para dirigir continuação, assim como os principais nomes do elenco, Allison Williams, conhecida por filmes como ‘Corra!’ (2017) e ‘A Perfeição’ (2018) e a Violet McGraw, conhecida por ‘Viúva Negra’ (2021) e ‘Thunderbolts*’ (2025).

Dois anos após os acontecimentos do primeiro filme, AMELIA (interpretada por Ivanna Sakhno), uma arma robótica ameaça o mundo está cada vez mais poderosa. Visto como única esperança para impedi-la, Gemma (interpretada por Allison Williams) decide trazer de volta a vida M3GAN (interpretada por Amie Donald).  

Partindo do princípio que o primeiro filme ficou muito famoso pela “temática atualizada” desse tipo de história – um terror envolvendo um brinquedo assassino, mas agora com inteligência artificial, você percebe que as coisas podem começar a dar errado quando o primeiro take é mostrando uma base militar iraniana e uma sequência de ação duvidosa. O mais assustador é que o diretor é o mesmo, e ele decide descartar as melhores coisas do primeiro filme, ou melhor, decide descartar tudo o que o primeiro filme foi e reformular a história para um filme B de super-herói entre dois robôs controlados por IAs avançadas. Particularmente, nem gosto tanto de usar o termo “filme B” neste caso pois um filme B de ação pelo menos tem o seu valor na grande maioria dos casos.

Publicidade
Créditos: Universal Pictures/Blumhouse Productions

Parece que, vista a discussão global sobre Inteligência Artificial se expandindo todos os dias, Johnstone e a Blumhouse pensaram em um roteiro na maior velocidade possível sobre o tema, colocaram o nome da M3GAN pelo sucesso que foi o filme anterior e realizaram da forma mais estereotipada que conseguiram. Talvez o ponto forte aqui seja a atuação da Ivanna Sakhno, que isoladamente funciona, afinal o restante do filme não tem muita profundidade do que se apegar. Existe o tempo todo uma tentativa de trazer uma discussão sobre os perigos da IA ou relacionado a guerra tecnológica que as potências globais estão travando sobre essa tecnologia, mas tudo sempre precisa ser interrompido por piadas mal articuladas ou por sequências de cenas que obviamente não se levam a sério, mas ainda assim te fazem questionar o porquê de estarem ali. A decupagem do filme, mesmo nas cenas de combate, não favorece em nada para criar alguma camada interessante para a narrativa. No máximo você consegue rir em uma cena ou outra levando em conta o contexto geral da situação, mas não tem o seu valor próprio. Infelizmente, a impressão que fica é que Johnstone quis expandir o debate super relevante que a história trás de um jeito tão medíocre que te faz pensar em tudo, menos nesse debate. Provavelmente um brinquedo controlado por IA faria esse filme com um algum valor.

‘M3GAN 2.0’ é a tentativa de mudança de rumo da nova franquia, mas essa “mudança” acaba sendo apenas a repetição de uma fórmula que se repete no cinema tem tempos e tempos, frustrando até mesmo aqueles que são fãs do primeiro filme e esperavam uma continuação pelo menos do mesmo nível.

Publicidade

Publicidade

Destaque

Crítica | F1 – O Filme

Todos os fãs de Fórmula 1 que acompanharam as...

Crítica | Mentirosos (1ª temporada)

Em Mentirosos, nova série da Prime Video baseada no...

Crítica | M3GAN 2.0

Quando lançou em 2022, ‘M3GAN’ foi um sucesso absoluto...
Quando lançou em 2022, ‘M3GAN’ foi um sucesso absoluto de bilheteria, chegando a arrecadar mais de $180 milhões de dólares e sendo muito comentado entre o público, com muitas comparações feitas entre a história da boneca de Cady e a franquia de sucesso ‘Brinquedo...Crítica | M3GAN 2.0