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    Crítica | Matilda: O Musical

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    O escritor Roald Dahl é conhecido principalmente por seus livros infantis, entre os quais figuram A Fantástica Fábrica de ChocolateO Bom Gigante Amigo e Matilda. Esse último em 1996 virou filme, com direção de Danny DeVito (It’s Always Sunny in Philadelphia), e contou a história de uma criança brilhante que cresceu ignorada pelos pais, a ponto de esquecerem de matriculá-la na escola. Quando a menina descobre que possui poderes mágicos e seu pai a manda para um internato para estudar, ela precisa proteger os colegas da malvada diretora. A Netflix neste Natal (25) lança Matilda: O Musical, uma adaptação do espetáculo da Broadway inspirada na obra de Dahl, que conta com direção de Matthew Warchus (Orgulho e Esperança).

    O novo filme é uma adaptação quase que fiel do livro, que inspirou a produção da Brodway, algo que pode pegar de surpresa quem conhece apenas a versão lançada nos cinemas de 96. Os principais detalhes da história são mantidos e reapresentados com esmero. A direção de Warchus consegue levar a mensagem de tolerância e gentiliza com o próximo a um novo público, conseguindo adicionar questões como inclusão e respeito pelas diferenças a história de modo encantador. A produção, em momento algum, tenta ser uma releitura ou imitação do primeiro filme e consegue construir sua própria identidade, enquanto conta uma adorável história. Cenas emblemáticas como o momento onde um garoto tem que comer um bolo inteiro para evitar o castigo ganham uma nova roupagem no musical. O roteiro mostra como as crianças tem o poder de questionarem o que é certo e errado. O desenvolvimento disso na trama, é feito de modo bastante divertido e com naturalidade. As cenas do musical empolgam e são muito bem coreografadas, destaques para as canções “When I Grow Up” e “Revolting Children”.

    Emma Thompson (Boa Sorte, Leo Grande) dá vida a temida Srta. Trunchbull, em uma excelente atuação mesmo embaixo de uma tonelada de próteses e maquiagem, que a tornam irreconhecível. Já as crianças são carismáticas e tem espaço para brilhar, em especial nos números musicais, mesmo sabendo que Alisha Weir (Don’t Leave Home) é o grande destaque entre todas elas.

    Se existe falha nessa adaptação, que busca seu lugar ao sol, é no enredo que não explora bem a origem dos poderes de Matilda e na relação dela com seus pais, algo que enfraque alguns trechos da história. Como a despedida dos pais de Matilda, um foco maior nisso talvez pudesse dar uma maior profundidade ao que foi apresentado. Com isso, o foco maior da trama acaba sendo na relação da garota com a escola. Algo que não é de todo mal, porém acaba tornando a trama um pouco cansativa. Os efeitos digitais, quando inseridos tem altos e baixos, mas nada que atrapalhe a diversão. Completando a trama temos diversos easter eggs referentes as histórias de Roald Dahl, que devem fazer a alegria dos fãs do autor.

    Matilda: O Musical é uma produção que possui identidade própria e que consegue com sua carismática e adorável protagonista apresentar uma das mais interessantes obras de Dahl ao público infantojuvenil na Netflix. Que venham outras produções.

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