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Crítica | Mau-Olhado (Evil Eye)

Foto: Prime Video/ Divulgação
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Mau-Olhado (Evil Eye) é o terceiro filme da antologia de terror intitulada Welcome to the Blumhouse. O primeiro foi Mentira Incondicional, o segundo foi Caixa Preta. Os filmes estrearam para as comemorações do Halloween e para agradar os fãs dos filmes de terror/suspense. A nova desventura apresenta um romance aparentemente perfeito, que se transforma em um pesadelo quando uma mãe se convence de que o novo namorado de sua filha tem uma ligação sombria com seu próprio passado.

Foto: Prime Video/ Divulgação

Com uma proposta dessa o filme teria tudo para decolar, certo? Errado. Nem sempre só de boas premissas é feito o cinema. A ideia é boa, alguns momentos do longa são bons, mas a execução dessa ideia não é das melhores e decepciona. O longa é uma adaptação de um audiobook de mesmo nome, que se perde e se confunde numa coisa chamada passagem de tempo. Em vários momentos da tramas são inseridos flashbacks que não ajudam a trama a fluir, para piorar a montagem também não colabora muito e o espectador se perde nesse mundo de propostas e subtramas. A trilha sonora é inexistente, na verdade ela faz uma participação especial no final do filme. Para piorar o diretores Rajeev Dassani e Elan Dassani (Star Trek: Discovery) criam diversas situações que poderiam acrescentar bastante a trama, dando a elas uma certa ambiguidade, nos levando a duvidar… e nada disso que eu falei acontece. Tudo é desenvolvido, no preto no branco e as coisas são tão simplórias, que o filme poderia ser um curta e nos poupar tempo com tanta enrolação.

Foto: Prime Video/ Divulgação

Sunita Mani e Sarita Choudhury se doam em cena e suas interpretações são o que, o filme oferece de melhor. As suas colunas devem doer por carregar o filme nas costas. A obra oferece uma visão diferente da ocidental, no seu modo de realizar algumas sequências e isso é enriquecedor, culturalmente falando, mas no quesito terror o longa pode decepcionar os mais aficionados do gênero.

Mau-Olhado é um longa repleto de potencial, que não decola. Parte da culpa é da direção que não consegue decidir o caminho que quer seguir, a outra parte é do roteiro que se arrasta no caminho escolhido. Mas principal culpado é na aposta barata que o roteiro faz num misticismo de quinta que nunca convence. Uma pena.

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